GINÁSTICA

Ginástica: Nory faz mudanças por vaga na Olimpíada de Paris

Campeão mundial na barra fixa, ginasta Arthur Nory ainda não tem vaga garantida nos Jogos Olímpicos de Paris
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Carolina Alberti – O sorriso largo ao final de cada apresentação é a marca registrada do ginasta Arthur Nory, e o que ele espera é poder repetir o gesto nos Jogos Olímpicos de Paris’2024, mesmo que precise abrir mão de parte das férias e adotar postura mais séria na véspera das competições.

O medalhista olímpico não conseguiu a classificação pelo Mundial ou nos Jogos Pan-Americanos e, apesar de não ter mais competições neste ano, prepara o corpo e a mente para aguentar o intenso início de 2024 e buscar sua vaga.

“Tem quatro Copas do Mundo para a gente conseguir uma vaga e classificar para a Olimpíada, então é focar. Já começou [o trabalho]. A parte de preparação física vai ser muito mais intensa que a parte técnica no ginásio, então dá uma canseira”, contou Nory – que só vai tirar férias em 18 de dezembro – durante evento do seu clube, o Pinheiros.

O campeão mundial de barra fixa já tem estratégia para as apresentações do ano que vem. “A série que estou fazendo hoje tem chance de final, de medalha. A gente vai ver os atletas que vão estar competindo, a competição, o que é ou não para arriscar”.

A classificação pelo ranking formado pelas etapas da Copa do Mundo permite ao Brasil classificar um atleta por aparelho. Dessa forma, além de Nory (que deve buscar a vaga na barra fixa), Arthur Zanetti e Caio Souza devem tentar classificações.

Nory fala em postura mais séria

Nory tem 30 anos, foi o atleta mais experiente do time masculino de ginástica no Pan de Santiago e se vê com a responsabilidade de ser uma inspiração para os demais.

É uma responsabilidade enquanto atleta, enquanto uma pessoa que está na frente deles. Mas, assim como eu tive, e ainda tenho, muitas inspirações, poder ter essa troca é muito bacana, e também poder passar do meu jeito, que está sempre muito presente, incentivando a cada momento, é bom.

Arthur Nory

E a experiência também ajuda na hora de dosar as brincadeiras com os companheiros de clube e Seleção e ativar o modo “não quero ver ninguém”.

“O esporte já é pressão o tempo inteiro, então a gente encontra formas pra não deixar tão mais pesado. Claro que são momentos, então não é sempre o que posto [brincadeiras nas redes sociais], tem momentos que não quero ver ninguém, mas tem dias que a gente está aqui descontraído”, contou Nory, que vira a chave na véspera das competições.

“Chega um dia, dois dias, três dias antes da competição já muda, porque é um momento meu comigo mesmo, então acho que faz parte, não dá para ficar se distraindo à toa”, completou.

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