GINÁSTICA

Velha? Ginasta de 25 anos critica etarismo: ‘As pessoas são muito cruéis’

'No último semestre de 2024, eu fiquei com uma sensação de talvez pensar em uma aposentadoria. Foi muito difícil me reerguer para continuar', disse

Depois de ficar na nona posição no individual geral do Mundial de Ginástica Rítmica, com nota de 112.200 na grande final, e conquistar o melhor resultado do Brasil na modalidade, a atleta Bárbara Domingos desabafou e falou sobre as críticas pela idade.

A curitibana de 25 anos disse que sofreu pressão para se aposentar. “Recebi muitas críticas este ano por conta da idade, as pessoas são muito cruéis em relação a isso. É tipo: ‘Nossa, mas ela tem 25 anos. Ela está velha!’ E muitas ginastas que antecederam a gente sofreram muito com isso”, disse, em entrevista ao ge.

“Só que agora eu entendo o motivo pelo qual elas continuaram até uma certa idade. Tenho a maturidade que a Babi antes das Olimpíadas ou a Babi de 2021 não tinha, e isso me ajuda muito”, contou.

Mais experiente, Bárbara mostrou que está evoluindo no esporte. Prova disso é que ela detinha o recorde anterior do melhor desempenho brasileiro no Mundial, obtido em 2023, quando ficou na 11ª colocação, batido agora em 2025.

Apesar disso, ela revelou que por pouco não jogou a toalha em 2024. “No início do ano a gente não sabia como seria, era meio que um quarto às escuras. No último semestre de 2024, eu fiquei com uma sensação de talvez pensar em uma aposentadoria. Foi muito difícil me reerguer para continuar”. 

De acordo com um estudo do Laboratório de Fisiologia do Exercício do Centro Nacional de Alto Rendimento Esportivo (CeNARD) de Buenos Aires, da Argentina, a média de idade de uma ginasta bem-sucedida na Olimpíada de Londres em 2012 era de 19 anos. Para os ginastas masculinos, 24 anos.

Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028

Bárbara disse que ainda quer participar dos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028. “A gente ainda continua esse ciclo. Como eu falei, vou viver um dia de cada vez, um passinho de cada vez. E quem sabe um próximo ciclo olímpico, né? Por que não?”.

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