Mais um dia de Mundial de Ginástica Rítmica de 2025 e mais uma medalha histórica para o Brasil. Neste domingo (24/8), na Arena Carioca 1 do Parque Olímpico do Rio de Janeiro, as Leoas – grupo formado por Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Maria Paula Caminha e Mariana Gonçalves – brilharam novamente, tiveram uma apresentação impecável e ficaram com a medalha de prata.
O segundo lugar inédito já havia sido conquistado no sábado (23/8), na prova de conjunto geral. Desta forma, pela primeira vez na história, o Brasil foi sede do Mundial e ainda saiu com duas medalhas de prata. O ouro só não foi conquistado neste domingo (24/8) por um décimo, já que a Ucrânia fez 28.650 contra 28.550 das brasileiras.
A apresentação do Brasil na final de série mista do Mundial de Ginástica Rítmica
Por volta de 16h deste domingo (24/8), o conjunto do Brasil entrou no tablado principal mais uma vez. Após o sexto lugar na prova de cinco fitas, as leoas competiram na série mista – três bolas e dois arcos – com outros sete países na grande final.
O sorteio apontou a equipe verde-amarela para fazer a abertura dessa disputa, e o Brasil, com Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Maria Paula Caminha e Mariana Gonçalves, fez questão de subir o sarrafo ao som de Evidências, tradicional música sertaneja que se popularizou nas vozes de Chitãozinho & Xororó.
Logo no início, como de costume, as atletas formaram um coração e iniciaram a apresentação com todo o brilho esperado. A torcida presente na Arena Carioca 1 já estava acompanhando cada gesto feito pelas ginastas, e os gritos aumentaram ainda mais quando a música sertaneja começou a ser reproduzida.
A cada movimento mais complicado, aplausos em alto e bom tom eram ouvidos. E a performance acompanhou a empolgação do público, já que o Brasil finalizou sem erros e com perfeição, tanto que a técnica Camila Ferezin e a auxiliar Bruna Martins foram flagradas comemorando e chorando após o fim da apresentação.
O encerramento levou o ginásio à apoteose. O desempenho cravado rendeu a nota de 28.550 logo na sequência, sendo 13.000 de nota de partida, 8.200 na questão artística e 7.350 no quesito relacionado à execução – no sábado (23/8), o Brasil tinha feito 27.850. Essa foi a melhor atuação brasileira no Mundial, justamente na última prova.
Em entrevista ao SporTV logo após a nota, as atletas do Brasil vibraram bastante e deixaram claro que estavam muito felizes pelo desempenho justamente na final. “Foi a melhor série que fizemos na vida. Treinamos muito bem, fazemos muitas vezes, mas arco e bola não é igual fita que buscamos com o pé e já garante o critério. Nós precisamos recuperar [arco e bola] com critério. Entramos querendo fazer a nossa série, porque, apesar de a gente ter feito lindo ontem, deixamos de fazer várias coisas ontem que fomos perdendo”, afirmou a capitã Duda Arakaki.
Caminhada até a confirmação da medalha
Como foi a primeira equipe a se apresentar, o Brasil se tornou o time a ser alcançado. E essa liderança foi comemorada pela torcida brasileira em cada apresentação das rivais.
O Japão começou e ficou com com 27.350. Já a China recebeu 28.350 como nota e ficou a dois décimos das brasileiras. A comissão técnica chinesa pediu revisão, mas os árbitros não mudaram a nota. Esse foi um momento que o público vibrou bastante.
Na sequência, Polônia fez 24.050, e Hungria ficou com 26.250, até que chegaram às ucranianas. O país do Leste da Europa se apresentou com perfeição e recebeu a nota de 28.650. Ou seja, a Ucrânia passou o Brasil por um décimo – tinha 0.200 a mais no grau de dificuldade
Para finalizar, a Espanha chegou próximo com 28.200 e até pediu revisão, mas seguiu atrás das brasileiras. Por fim, Israel se apresentou e finalizou a prova com 27.250.
Classificação na final de série mista do Mundial de Ginástica Rítmica
- Ucrânia – 28.650
- Brasil – 28.550
- China – 28.350
- Espanha – 28.200
- Japão – 27.350
- Israel – 27.250
- Hungria – 26.250
- Polônia – 24.050