Para vencer a medalha de bronze do Brasil na disputa por equipes da Olimpíada, a ginasta Lorrane Oliveira teve que superar trauma que quase a fez desistir dos Jogos de Paris 2024. Há pouco mais de três meses, no dia 10 de abril deste ano, ela perdeu a irmã, Maria Luiza, que morreu aos 21 anos.
Em entrevista coletiva após a conquista inédita para a ginástica artística brasileira, nessa terça-feira (30/7), Lorrane contou como lidou com o luto e disse que cogitou não ir à França.
“Foi uma fase difícil para mim, não esperava passar por isso e nem estar na minha segunda edição de Jogos Olímpicos de luto. Confesso que pensei em desistir e não vir, abrir mão”
Lorrane Oliveira, ginasta medalhista de bronze em Paris 2024
Na grande final da disputa por equipes da Olimpíada, Lorrane se apresentou nas barras assimétricas e somou 13.000 pontos. Além dela, Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa e Júlia Soares integraram a Seleção Brasileira de Ginástica Artística.
Lorrane mudou planos após morte da irmã
Quando soube da morte da irmã, Lorrane treinava na França para a Copa do Mundo de Ginástica Artística, que foi disputada em Antalya, na Turquia. Imediatamente após a notícia, ela retornou ao Brasil para o enterro.
“Eu estou completamente sem chão, e procurando maneiras para entender como vou seguir minha vida sem você. Você só tinha 21 anos, mas era tão inteligente, me aconselhava e me fazia mais forte como ninguém”, disse a ginasta, em publicação no Instagram horas após a perda.
“O seu abraço era o mais reconfortante, principalmente nos momentos ruins. Te agradeço por me fazer enxergar a vida de outra maneira, por me ajudar a me tornar a mulher mais forte que sou hoje e por ser minha fã número 1”, acrescentou a ginasta.
“Sabem aquele sorriso largo? A gargalhada sem igual..? Então, o dela era o mais lindo… E com certeza é disso que sentirei mais falta, mas carregarei pra sempre na minha memória. Você me salvou inúmeras vezes, obrigada por ter sido minha pessoa! Te amarei eternamente”, finalizou ela, despedindo-se da irmã.