A nota de Rebeca Andrade na final da trave em Paris 2024 causou certo alvoroço. A brasileira precisava de 14.001 para subir ao pódio, mas, após a apresentação, recebeu 13.933 e terminou a disputa em quarto lugar.
O ginasta Arthur Zanetti, comentarista do Grupo Globo durante a Olimpíada, explicou a avaliação: “Na classificatória, ela saiu de 6.1 e, agora, de 5.7, então diminuiu muito a nota de partida dela para fazer uma série segura, para acertar. Fez o correto, só que ela acabou não compensando tanto também na nota de dificuldade, então isso acabou baixando bastante, baixou 4 décimos. Muita coisa numa final olímpica. Por isso ela não tirou a mesma nota da classificatória, por questão da dificuldade”.
Realizar apresentação com maior nota de dificuldade poderia ser arriscado, avaliou Zanetti. Mesmo com a explicação, o ginasta demonstrou espanto com a nota. “Pode ser que teria prata ou até ouro, mas poderia errar, né? É difícil falar. Complicado porque a gente está tipo surpreso aqui”.
Daniele Hypolito, ginasta e comentarista, também lamentou a nota: “É uma pena porque ela passou bem pela prova. A gente ficou surpreso com a nota. Eu achei que era para mais, mas é o que a gente fala, a gente tá aqui como torcedor, como telespectador, e a gente tem um pouco de noção da parte técnica, da parte que a ginasta apresenta”.
Na sequência, explicou ausência importante na prova de Rebeca: “Ela fez uma prova muito boa, mas perdeu uma ligação, a maior dela. isso faz diferença para o bronze. Se ela tivesse feito reversão sem mãos ligada com espacato na cabeça, teria ganhado 0.20 e beliscado o bronze”.
Sem Rebeca Andrade e Simone Biles!
O pódio da trave terminou sem as principais ginastas da atualidade. Rebeca encerrou a prova em quarto lugar, e Simone Biles, que caiu durante a apresentação, ficou em quinto.
A italiana Alice D’Amato, a chinesa Yaqin Zhou e a italiana Manila Esposito terminaram em primeiro, segundo e terceiro, respectivamente.
Outra final
Rebeca tem outra final pela frente. Logo mais, às 9h30, disputará o solo. Biles também briga na prova. Caso conquiste pódio, a brasileira ultrapassará os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael se tornará a maior medalhista do país, entre homens e mulheres, na história dos Jogos Olímpicos.
Medalhas olímpicas de Rebeca Andrade
- Ouro no salto em Tóquio 2020
- Prata no individual geral em Tóquio 2020
- Bronze por equipes em Paris 2024
- Prata no individual geral em Paris 2024
- Prata no salto em Paris 2024