O que parecia impossível aconteceu. Rebeca Andrade e Simone Biles, as duas maiores ginastas do mundo, ficaram sem medalha na trave nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A final foi nesta segunda-feira (5/8), na Arena Bercy, e contou com quedas de diversas atletas – inclusive da estadunidense, lenda da ginástica artística.
A italiana Alice D’Amato se aproveitou do desempenho aquém das rivais para conquistar uma histórica medalha de ouro, com a nota 14.366 – que, na classificatória, seria apenas a quarta maior. A chinesa Yaqin Zhou levou a prata (14.100) e a também italiana Manila Esposito (14.000) faturou o bronze.
Rebeca Andrade não caiu, mas reduziu o nível de dificuldade da apresentação para tentar garantir a medalha. Não deu. A brasileira ficou em quarto lugar, com 13.933. Em seguida, na quinta posição, Simone Biles (13.100), que se desequilibrou e foi ao chão durante a prova.
Rebeca Andrade foi a última a se apresentar, logo depois de Biles. Já sabia que a maior rival ficaria fora do pódio e, então, passou a sonhar com o ouro na prova em que se sente mais insegura.
Mas a brasileira não conseguiu. Ela simplificou significativamente o nível de dificuldade, o que impactou na nota.
Vibrou muito após terminar a apresentação sem quedas e aguardou ansiosamente a pontuação. Quando viu o 13.933 no telão, “murchou” o semblante e ouviu reações de espanto dos torcedores, que imaginavam que ela conquistaria o ouro.
Outra brasileira na final, Júlia Soares também caiu. Terminou a final em sétimo, com 12.333 de nota.
Em busca do recorde
Com o resultado, Rebeca Andrade se mantém com cinco pódios olímpicos na carreira. Ela é a maior medalhista brasileira em Olimpíadas ao lado dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael.
Ainda nesta segunda, Rebeca Andrade poderá bater este recorde. Para isso, precisa subir ao pódio na final do solo. A disputa começa às 9h23 (de Brasília), e a brasileira é uma das favoritas – afinal, teve a segunda maior nota na classificatória.
Maiores medalhistas do Brasil em Olimpíadas
- Robert Scheidt (vela): 5 medalhas (dois ouros, duas pratas e um bronze);
- Rebeca Andrade (ginástica artística): 5 medalhas (um ouro, três pratas e um bronze);
- Torben Grael (vela): 5 medalhas (um ouro, três pratas e um bronze);
- Serginho (vôlei): 4 medalhas (dois ouros e duas pratas);
- Isaquias Queiroz (canoagem): 4 medalhas (um ouro, duas pratas e um bronze);
- Gustavo Borges (natação): 4 medalhas (duas pratas e dois bronzes);
- Marcelo Ferreira (vela): 3 medalhas (dois ouros e um bronze);
- Bruninho, Giba, Dante e Rodrigão (vôlei): 3 medalhas (um ouro e duas pratas);
- Ricardo e Emanuel (vôlei de praia): 3 medalhas (um ouro, uma prata e um bronze);
- Cesar Cielo (natação), Fofão (vôlei) e Rodrigo Pessoa (hipismo): 3 medalhas (um ouro e dois bronzes);
- Mayra Aguiar (judô): três medalhas (três bronzes).