Rio de Janeiro – Quatro das 20 medalhas do Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 foram conquistadas na ginástica artística – três individuais de Rebeca Andrade e uma na disputa por equipes, que também teve o brilho de Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Lorrane Oliveira. E o sucesso foi “facilmente explicado” por Emanuel Rego, campeão olímpico no vôlei de praia e diretor geral do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Presente no evento da entidade, que levou quatro atletas ao Hall da Fama, na terça-feira (13/5), no Rio de Janeiro, Emanuel falou sobre o ótimo momento da ginástica artística brasileira. Ao No Ataque, ele enfatizou a importância de atletas precursores, como Daiane dos Santos e os irmãos Hypólito, e deixou claro que o “segredo” é o trabalho a longo prazo.
“São muitos projetos a longo prazo. A ginástica está construindo esses lugares há mais de seis, sete anos, com outras gerações, com Daiane dos Santos, Daniela e Diego Hypólito, teve um processo de continuidade”
Emanuel Rego, campeão olímpico e diretor geral do COB
Dono de três medalhas olímpicas – ouro em Atenas 2004, prata em Londres 2012 e bronze em Pequim 2008 -, Emanuel deseja usar o exemplo da ginástica artística em outros esportes. O histórico jogador de vôlei de praia se tornou diretor geral do COB após Marco La Porta assumir a presidência, em janeiro deste ano.
“A gestão da ginástica artística demonstra o quanto é importante que o processo siga. Um projeto a longo prazo, sólido, que consiga dar oportunidades aos atletas recém-chegados. Os resultados de 2024 nada mais são que resultados construídos há muitos anos com um trabalho de continuidade. Gostaria que as outras modalidades seguissem a ginástica”, finalizou Emanuel.
Homenagem do Hall da Fama do COB
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) promoveu na noite de terça-feira (13/5), no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, um evento para homenagear quatro atletas que entraram para o Hall da Fama da entidade. Daiane dos Santos, da ginástica artística, Edinanci Silva, do judô, Gustavo Kuerten, o Guga, do tênis, e Afrânio Costa, do tiro esportivo – que morreu em 1979 -, foram os ícones do esporte brasileiro escolhidos para que a trajetória seja celebrada e premiada.
Daiane, Edinanci e Guga estiveram no evento no tradicional bairro de Copacabana e deixaram as marcas com mãos ou pés, enquanto Afrânio foi representado pela sobrinha-neta Cristina Ferraz. Os moldes estarão disponíveis no Centro de Treinamento do COB, e todos os detalhes da vida de cada um dos atletas está disponível na página digital do Hall da Fama do COB, que foi criado em 2018 e já contava com 35 atletas, chegando à marca de 39 ícones brasileiros.
O repórter viajou ao Rio de Janeiro a convite do Comitê Olímpico Brasileiro para participar de eventos no Rio de Janeiro e acompanhar in loco a homenagem. Acompanhe o No Ataque para ver os desdobramentos dos eventos na capital carioca.
