O mês de junho já começa com disputa de cinturão no Ultimate Fighting Championship. Neste sábado (1/6), no Prudential Center, em Newark, Nova Jersey, nos Estados Unidos, o lutador russo Islam Makhachev defenderá o título dos leves contra o americano Dustin Poirier no UFC 302.
A luta principal, portanto, não envolve atletas brasileiros, mas é de enorme interesse do público tupiniquim. Afinal, o campeão da Rússia conquistou o cinturão peso-leve justamente diante de Charles Do Bronx, em outubro de 2022, e muitos fãs de MMA no Brasil ainda torcem contra o algoz do paulista.
Contudo, o fã de MMA terá neste sábado motivos de sobra para assistir ao UFC 302 além da aguardada luta de Islam Makhachev. O card terá um lutador de Minas Gerais e mais quatro brasileiros em ação. Saiba a seguir quem são os atletas que representarão o Brasil em Newark.
Lutador de Minas ainda sonha com título
Paulo Costa, o Borrachinha, busca a reabilitação no UFC 302. Depois de perder para o australiano Robert Whittaker na decisão unânime dos juízes, no UFC 298, em fevereiro deste ano, o lutador de Minas terá um grande desafio pela frente. Ele enfrentará o ex-campeão dos médios Sean Strickland, lutador americano que também vem de derrota.
O último revés de Strickland, inclusive, foi justamente o que lhe custou a perda do cinturão. Em janeiro, no UFC 297, o sul-africano Dricus du Plessis – atual campeão da categoria – superou o americano na decisão dividida dos juízes.
O vencedor do confronto Borrachinha x Strickland certamente ficará mais próximo de uma nova luta pelo título.
Aos 33 anos, Borrachinha é um dos lutadores mais midiáticos do UFC e ainda sonha com o título que já pertenceu a Anderson Silva. O mineiro lutou pelo cinturão peso-médio em 2020, mas foi derrotado pelo então campeão, o nigeriano Israel Adesanya. O combate terminou em nocaute técnico, no segundo round, no UFC 253, em setembro daquele ano.
A luta entre Borrachinha e Strickland será o co-main event do UFC 302.
Mais quatro brasileiros
Além de Borrachinha, estão no card do UFC 302 os seguintes brasileiros: Elizeu Capoeira, Jailton Malhadinho, Cesinha Almeida e André Mascote Lima.
Capoeira de contrato renovado
Elizeu Capoeira, que é companheiro de equipe do mineiro Vitor Petrino na CM System, vai encarar o jamaicano Randy Brown na categoria meio-médio. Aos 37 anos, o lutador paranaense vem de duas vitórias e um empate em suas últimas três lutas. Esse será o primeiro combate dele em 2024. O atleta, inclusive, renovou o contrato com o UFC recentemente
Com um cartel de 24 vitórias, sete derrotas e um empate, Capoeira tem no currículo triunfos importantes no UFC contra Sean Strickland – rival de Borrachinha no UFC 302 – e Benoit St. Denis.
Melhor peso-pesado do Brasil está de volta
O baiano Jailton Malhadinho, de 32 anos, é o melhor peso-pesado brasileiro no UFC. No ranking da categoria, ele figura na sétima colocação. Considerado um dos principais talentos da nova geração, Malhadinho teve uma sequência de seis vitórias interrompida em março ao ser nocauteado por Curtis Blaydes, no UFC 299.
O adversário de Malhadinho neste sábado será o moldavo Alexandr Romanov, que lutou pela última vez em julho de 2023, quando venceu Blagoy Ivanov, por decisão unânime dos juízes.
Ex-rival de Poatan está invicto no MMA
Cesinha Almeida, de 35 anos, tem apenas cinco lutas no MMA – venceu todas -, mas é um veterano no kickboxing. O seu cartel na modalidade comprova: são 47 vitórias, sete derrotas e um empate.
Entre essas lutas, destacam-se os três confrontos no evento WGP com Alex Poatan – hoje campeão dos meio-pesados do UFC. Cesinha perdeu dois combates contra o compatriota e venceu um.
No UFC 302, o ex-rival de Poatan vai encarar o russo Roman Kopylov, que vem de derrota para Anthony Hernandezm, em fevereiro.
Vítima de mordida retorna ao octógono
André Mascote Lima, de 25 anos, estreou no UFC em março, mas já se tornou um dos brasileiros mais conhecidos do evento. Isso porque o peso-mosca foi vítima de uma mordida no braço logo em sua estreia. O ataque ilegal foi aplicado pelo também brasileiro Igor Severino, que acabou expulso da organização.
Na ocasião, André Mascote transformou o infortúnio em popularidade e dinheiro. Ele tatuou a marca da mordida que levou no braço, compartilhou a foto nas redes sociais e virou meme. A situação agradou Dana White, CEO do UFC, que deu ao atleta baiano uma premiação extra de R$ 250 mil.
No UFC 302, André Mascote volta a subir no octógono, dessa vez, para encarar o americano Mitch Raposo, estreante no evento. O rival do brasileiro vem de quatro vitórias seguidas em outras organizações de MMA como o Cage Titans FC e Combat Zone.