O que aconteceu neste domingo (28/9) no Spaten Fight Night foi um sucesso de audiência, especialmente nas redes sociais, e um fracasso para a imagem do esporte.
A confusão generalizada entre as equipes de Popó e Wanderlei Silva furou a bolha e virou o assunto do momento. O “entretenimento” em rede nacional gerou picos de engajamento. Mas, em longo prazo, qual o custo para os esportes de combate?
Para o espectador casual, foi um espetáculo gratuito. Para a comunidade da luta, um retrocesso. Cada soco desferido fora do ringue alimenta o preconceito e dificulta a vida de quem vive do esporte com seriedade, buscando apoio e reconhecimento.
Do outro lado da tela, atletas e professores dedicam a vida à técnica e à disciplina. Enquanto isso, continuarão a lutar por patrocínios mínimos e respeito.
A grande questão é a seletividade da crítica. A mesma sociedade que tolera a violência nos estádios de futebol se sentirá à vontade para condenar o MMA com base em cenas como esta.
A linha entre promoção e desserviço foi cruzada. O “hype” de hoje é o argumento contra o esporte amanhã.
O verdadeiro combate não é apenas no octógono, mas também contra a ignorância. E ontem, perdemos um round importante.