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Campeã mundial entrou no taekwondo por influência de série: ‘Queria bater em alguém’

Maria Clara Pacheco, que se tornou campeã do Mundial de Taekwondo em 24 de outubro, foi entrevistada pelo Olimpicast, videocast do No Ataque

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Uma série da Disney fez com que uma campeã mundial entrasse no taekwondo. Doze anos atrás, Maria Clara Pacheco era uma pré-adolescente de 11 anos e, por influência de uma trama estadunidense que viu na televisão, tomou a decisão de praticar arte marcial. Naquela época, ela só “queria bater em alguém”. Pouco mais de uma década depois, lidera o ranking mundial e olímpico da categoria até 57kg.

A história de Clara, como prefere ser chamada, foi o tema do terceiro episódio do Olimpicast, videocast do No Ataque. Duas semanas após o título mundial, garantido em 24 de outubro, a paulista de 22 anos, criada em São Vicente, no litoral de São Paulo, foi entrevistada e falou sobre diversos temas da carreira, como a forma inusitada com que ingressou no taekwondo.

Como Maria Clara Pacheco ingressou no taekwondo?

Ainda criança, aos 5 anos, Maria Clara iniciou a trajetória em diferentes esportes, mas só foi descobrir o taekwondo aos 11. Ao assistir à série Os Guerreiros Wasabi (do original Kickin’ It), da Disney, surgiu o interesse de praticar karatê como os protagonistas. A futura campeã mundial procurou, junto da mãe, um projeto social em São Vicente em que os atletas usavam vestes semelhantes.

O interesse pelo karatê veio do desejo de treinar como os adolescentes da série. Porém, o esporte em questão era o taekwondo, e ela teve a oportunidade de experimentar. Testou, gostou e se tornou campeã mundial.

Clara “abraçou” o destino, trabalhou muito e se tornou a taekwondista a ser batida na categoria até 57kg.

“Eu fazia esportes diferentes e decidi fazer luta, uma arte marcial. Até fazia capoeira, mas não tinha contato físico, não encostava, e eu queria bater em alguém. Assisti a uma série que passava no Disney XD, que era a um grupinho de adolescentes da minha idade que fazia karatê. Eu gostei e falei: ‘Quero fazer karatê ou alguma outra coisa parecida, para que eu chute as pessoas. Eu quero fazer isso’”, iniciou Clara. 

“Minha mãe costumava ver um pessoal passando com uma ‘roupinha branca’ que era um dobok, a roupa que uso hoje, mas achávamos que era um kimono de karatê e os seguimos até a academia onde treinavam”, conta a nova campeã mundial.

“Lá, encontramos um projeto social com aulas de taekwondo e até perguntei se era karatê, mas não era. Só que o mestre me falou para fazer uma aula experimental para ver se gostava. Gostei e comecei. O resto é história”, disse a jovem, que conquistaria o mundo 12 anos depois.

Além do ouro no Mundial para o currículo, Maria Clara Pacheco vive um ano inesquecível para a carreira: são oito competições disputadas, oito títulos e nenhuma derrota em 2025.

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