Vagner Mancini, comandante do América-MG, disse que a falta de contrações para a temporada é um fator que pesa em momento ruim da equipe. Em entrevista coletiva após a derrota por 4 a 0 para o Cruzeiro, nesse domingo (14/5), pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, o treinador comentou os fatores que precederam situação delicada do Coelho, que permanece na lanterna, com um ponto.
Para esta temporada, a diretoria americana foi ao mercado e contratou oito reforços: o goleiro Mateus Pasinato, o zagueiro Wanderson, os laterais Nino Paraíba, Nicolas e Marcinho, e os atacantes Dadá Belmonte, Mateus Gonçalves e Mikael. O treinador revelou que além da falta de contratações, o número de jogadores no departamento médico diminui opções no banco de reservas.
“Não vou dar isso como desculpa, mas acho que até certo ponto, sim. Faltam algumas peças. E a dificuldade maior é que, por exemplo, nessa última semana perdemos quatro jogadores de velocidade. Contra o Cruzeiro, tive que usar o Renato como extremo. Óbvio que estamos sentindo dificuldade com isso”, falou.
Os jogadores citados por Mancini que estão no departamento médico são: Dadá Belmonte, Matheusinho, Adyson e Luan Campos.
Os dois primeiros foram citados na Operação Penalidade Máxima, que investiga esquema de apostas esportivas. O clube informou que Dadá Belmonte se recupera de pubalgia, enquanto Matheusinho tem edema no joelho e aguarda redução para iniciar tratamento.
Por sua vez, Adyson teve lesão no tornozelo e precisará passar por cirurgia. Já Luan Campos, destaque do Coelho na Copinha deste ano, está em fase final de recuperação de lesão lombar e iniciará a transição nos próximos dias.
Erro de planejamento
Mancini também comentou que discutiu com o presidente da SAF do América-MG, Marcus Salum, sobre a falta de reforços do time para 2023. Neste ano, além do Brasileiro, o Coelho também disputa a Copa do Brasil e a Copa Sul-Americana.
“Quando você está sentado nesta cadeira onde eu estou, você tem que saber que isso pode acontecer. Nessa semana a gente falava sobre isso, eu e o Salum, que talvez houve um erro de planejamento, porque disputar Copa do Brasil, Sul-Americana com viagens longas e jogar o Brasileiro, a gente teria que ter fortalecido a equipe um pouco mais em alguns setores que estamos sentindo dificuldade”, disse.
Por fim, o treinador exemplificou que alguns setores estão mais sobrecarregados do que outros e, por isso, haveria necessidade de ter feito mais contratações. Contudo, Mancini relembrou situação financeira do clube, que não permite negócios milionários.
“O ponto-chave do time do América é o meio-campo. Juninho, Alê e Benitez estão sobrecarregados. Vive um dilema, tira o Benitez porque está cansado, ou deixo em campo? Quando você deixa e toma mais dois gols, eu acho que agi errado, mas quando você tira e também não dá certo… Há sempre uma incógnita. Acho que poderíamos ter algumas peças, mas o América não é um time que tem um aporte financeiro pra sair contratando todo mundo. Não vai acontecer. Temos que tentar achar peças”, finalizou.
O Coelho volta a campo nesta quarta-feira (17/5), às 21h30, para enfrentar o Internacional, em jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
- Leia mais notícias no Portal UAI.