
Após um primeiro tempo de alta pressão, o América-MG perdeu volume ofensivo na segunda etapa e foi derrotado pelo Defensa y Justicia por 3 a 2, nesta terça-feira (23/5), no Independência, pela quarta rodada do Grupo F da Copa Sul-Americana. O Coelho abriu o placar com Benítez, mas Togni logo empatou. O time alviverde voltou à frente com Mastriani No tempo complementar, novamente Togni e López asseguraram a virada argentina.
Com o resultado, o América-MG continua com quatro pontos e cai para a terceira colocação. O Defensa y Justicia assume a liderança momentaneamente, com nove pontos, seguido pelo Millonarios, com sete. O Peñarol ainda não pontuou e é o lanterna da chave.
O primeiro colocado avança diretamente às oitavas, enquanto o segundo disputará ‘repescagem’ com os terceiros da fase de grupos da Libertadores.
Nesta terça, o Coelho começou com forte pressão, mas perdeu poder ofensivo na segunda etapa. Com gol sofrido logo no início, o time se mostrou abatido e, apesar de aumentar o ritmo no fim, não conseguiu aproveitar oportunidades.
O próximo compromisso do América-MG será contra o Botafogo, no domingo (28/5), às 19h, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro.
O alviverde volta a entrar em campo pela Sul-Americana apenas no dia 6 de junho (terça-feira). A equipe enfrentará o Millonarios, às 21h, no Independência.
América-MG é superior na primeira etapa
O jogo começou travado no meio. As duas equipes mantinham a posse de bola de forma equilibrada (55% a 45%). O América-MG, acionando bastante Benítez, conseguiu se aproximar mais da área – e foi justamente pelos pés do argentino que o Coelho abriu o placar.
Em jogada pela direita, Juninho cruzou para Aloísio, que recebeu dentro da área e fez o pivô ao escorar para Benítez bater rasteiro. O goleiro Unsain não contava com o desvio no meio do caminho e não teve chances: 1 a 0.
Sem o lateral-direito Marcinho, que não foi inscrito a tempo na competição, o time americano apostou em trinca defensiva formada por Ricardo Silva (mais à direita), Júlio (centralizado) e Nicolas (mais à esquerda). Por ora, Marlon apoiava pela esquerda, como um ala.
Após o gol, o América-MG continuou pressionando e se mostrou superior tanto no meio, quanto no ataque. A equipe se manteve predominantemente no campo ofensivo e teve boas chances com Benítez, de longe, e em cabeçada de Aloísio na pequena área.
O Defensa y Justicia, por sua vez, teve dificuldades para sair da marcação americana e finalizou pela primeira vez somente aos 25 minutos. Sem muitas chances, o time aproveitou bobeada do meia Alê, que na intenção de voltar a bola para Cavichioli, entregou nos pés de Togni. Atento à movimentação, ele mandou para o fundo da rede: 1 a 1.
Após sofrer o empate, o alviverde demonstrou certa passividade. Já o time argentino aproveitou e fez Cavichioli trabalhar outras duas vezes. No entanto, foi o América que conseguiu ampliar. Já nos acréscimos, Benítez cruzou para a área na cabeça do uruguaio Mastriani, que acertou no ângulo: 2 a 1.
Virada do Defensa
Logo no primeiro minuto do segundo tempo, Togni recebeu de Nicolás Fernandez antes da meia-lua e percebeu Cavichioli ligeiramente adiantado. O atacante teve tempo de conduzir e encobrir o goleiro americano: 2 a 2.
Com o empate no início da segunda etapa, o jogo não engrenou, e os times pouco se movimentaram perto das respectivas áreas de ataque. Sem muitas emoções e com pouca criação, o América-MG não conseguiu finalizar com perigo.
O Defensa y Justicia apresentou o mesmo comportamento. No entanto, soube aproveitar melhor as poucas chances criadas. O meia López recebeu livre de marcação na meia-lua e bateu direto para o gol, sem chances para Cavichioli: 3 a 2.
A torcida americana mostrou insatisfação com o desempenho do time, que parecia desligado da partida. Parte dos torcedores direcionaram muitas vaias ao volante Alê, substituído por Vagner Mancini, que optou por Martinez.
O comandante também promoveu outras alterações para mudar a cara do time. Julio, Marlon e Aloísio deram lugar a Maidana, Everaldo e Rodrigo Varanda, respectivamente.
Com a posse equilibrada, o América-MG conseguiu chegar algumas vezes, mas não soube aproveitar as chances criadas. A equipe pressionou até o fim mais saiu com o resultado negativo. No fim, parte da torcida mostrou impaciência com Mancini e vaiou o treinador.
AMÉRICA-MG 2 x 3 DEFENSA Y JUSTICIA
América-MG
Cavichioli; Matheus Henrique (Felipe Azevedo aos 19 do 2T), Júlio (Maidana aos 31 do 2T), Ricardo Silva, Nicolas; Alê (Martínez aos 26 do 2T), Juninho, Benítez; Marlon (Everaldo aos 19 do 2T), Mastriani e Aloísio (Rodrigo Varanda aos 26 do 2T)
Técnico: Vagner Mancini
Defensa y Justicia
Unsain; Malatini, Sant’Anna, Cardona e Soto; López, Gutiérrez, Togni (Solari aos 44 do 2T), Barbona (Tripichio aos 25 do 2T); Alanís (Santi Ramos aos 39 do 2T) e Nicolás Fernández (Miritello aos 44 do 2T)
Técnico: Julio Vaccari
Motivo: quarta rodada do Grupo F da Copa Sul-Americana
Estádio: Independência, em Belo Horizonte
Gols: Benítez (aos 11 do 1T), Togni (aos 28 do 1T), Mastriani (aos 45 do 1T), Togni (aos 1 do 2T), López (23 do 2T)
Árbitro: Ivo Mendez (BOL)
Assistentes: Roger Orellana e Ruben Flores (BOL)
VAR: Juan Soto (VEN)
Cartões amarelos: Julio, Alê (América-MG), Alanís (Defensa y Justicia)
Público: 1.967
Renda: R$18.465,00