A vitória do Corinthians sobre o São Paulo (2 a 1), na primeira partida da semifinal da Copa do Brasil, na noite dessa terça-feira (26/7), na Neo Química Arena, ficou marcada por uma confusão.
O atacante Luciano, do tricolor paulista, deu uma voadora na bandeirinha de escanteio com a flâmula corintiana ao comemorar um gol e provocar a torcida adversária. Em reação, torcedores arremessaram objetos no campo e jogadores do Timão, além do técnico Vanderlei Luxemburgo, ficaram na bronca.
Luciano, inclusive, foi advertido pelo árbitro Wilton Pereira Sampaio com um cartão amarelo. Na súmula, ele justificou: “Por comemorar o gol de sua equipe de forma provocativa contra a torcida adversária chutando a bandeira de canto”.
O assunto ainda é um dos mais comentados nas redes sociais nesta quarta-feira (26/7). Alguns torcedores dizem que Luciano passou dos limites por desrespeitar a bandeira do Corinthians. Outros consideram que o futebol “está ficando chato”, pois os jogadores não “podem mais comemorar” no estádio do rival.
Diante disso, o No Ataque relembra agora cinco vezes em que jogadores de Atlético e Cruzeiro se envolveram em provocações polêmicas contra torcedores.
Socos e pontapés
Na final do Campeonato Mineiro de 2004, o zagueiro Cris, do Cruzeiro, foi comemorar o título celeste no Gigante da Pampulha em direção à torcida do Atlético.
Insatisfeito, o goleiro Eduardo, do Galo, partiu para cima do defensor celeste com um mata-leão. Os dois trocaram socos e pontapés dentro de campo e precisaram ser contidos por integrantes das comissões técnicas, outros jogadores e até pela Polícia Militar (PM).
O assunto só foi resolvido dias depois no Juizado Especial Criminal, no Fórum Lafayette, onde Cris e Eduardo fizeram as pazes.
Gladiador bate asas
Depois da final do Campeonato Mineiro de 2009, Kléber “Gladiador”, atacante do Cruzeiro, revelou que já estava tudo combinado em uma aposta entre os jogadores dos dois times. O atleta que marcasse o primeiro gol no clássico teria o direito de provocar a torcida rival.
Com o Mineirão lotado, foi justamente Kléber quem abriu o placar no confronto entre Atlético e Cruzeiro. Ele saiu correndo pelo gramado batendo os braços imitando uma galinha com a intenção de provocar a torcida do Galo.
O Cruzeiro venceu aquele jogo por 5 a 0.
McLaren e a galinha
O gesto de Kléber “Gladiador” não foi inédito no Mineirão. No Campeonato Brasileiro de 1996, o atacante Paulinho MCLaren marcou um gol para o Cruzeiro diante do goleiro Taffarel, do Galo. Ao comemorar, ele imitou uma galinha.
”Foi meu clássico inesquecível. Fiz o gol sobre o Taffarel e saí imitando uma galinha, gerou polêmica, mas não me arrependi em momento nenhum. No clássico de 1995, o Cruzeiro perdeu por 2 a 0 e eu perdi um gol cara a cara com o goleiro, a torcida atleticana pegou no meu pé. Então foi uma resposta, porque a comemoração foi bem em frente à torcida do Galo, tirei onda com eles e ficou tudo certo”, relembrou MCLaren, em uma entrevista ao Estado de Minas de 2012.
Maquiagem de Tardelli
Em um clássico de 2011, o atacante Diego Tardelli marcou três gols para o Atlético diante do Cruzeiro. Em uma das comemorações, o jogador fingiu que estava se maquiando. O tempo fechou e Wellington Paulista partiu para cima do rival para tirar satisfação.
Tardelli, inclusive, foi julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Mineira de Futebol por provocar o público durante a partida. O atacante disse, no entanto, que não o interpretaram corretamente, pois a comemoração tinha a intenção de homenagear a filha Pietra, que era maquiada pelo pai.
Ronaldinho joga granada
Na final do Mineiro de 2013, o ídolo do Atlético, Ronaldinho Gaúcho, se envolveu em uma polêmica ao comemorar um gol contra o rival. Na ocasião, o craque encenou jogar uma granada em direção à torcida do Cruzeiro.