AMÉRICA-MG

Dirigente do América detona Libra e revela que cartola foi destratado em reunião

Marcus Salum disse ao podcast "Sou Deca" que a Libra vai perpetuar as desigualdades do futebol brasileiro

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O presidente da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do América, Marcus Salum, detonou a Libra, que, segundo ele, tem cláusulas que visam perpetuar as desigualdades do futebol brasileiro. Ele citou a regra da unanimidade, que inviabiliza alterações dentro da organização da liga.

“Com relação à liga, vou ser muito claro sobre isso, porque estou mergulhado nisso. Qual foi o princípio da Liga Forte Futebol? Quando fomos à CBF apoiar a presidência do Ednaldo Rodrigues, foi dito que iam apoiar a liga, por isso apoiamos a candidatura do Ednaldo. Quando nós vimos que a liga ia surgir, apareceu uma liga pronta chamada Libra com uma pessoa de dentro da CBF associada a outras pessoas, com regras definidas e queria que todo mundo assinasse essa liga. Quais eram as condições? Todos os privilégios de Flamengo e Corinthians fossem mantidos por no mínimo cinco anos e não se mexeriam nas receitas. E as regras eram as seguintes: para mudar qualquer coisa tem que ter unanimidade”, disse o dirigente, ao podcast “Sou Deca”.

Salum ainda revelou que o presidente afastado do Athletico-PR, Mario Celso Petraglia, foi destratado em uma reunião da Libra.

“Eles queriam perpetuar o que aconteceu no futebol brasileiro durante tantos anos. A maior perda da história do futebol brasileiro seria sair da CBF e ir para uma liga para ter o mesmo poder da CBF. A gente foi chamado em São Paulo, com estatuto pronto, quem quiser aderir assine aqui. O Petraglia foi destratado nesta reunião, e aí o baixo clero me procurou, veio Juventude, Cuiabá, Atlético-GO, e nós fomos juntando os clubes para se aproximar de Inter, Fluminense, Atlético, fomos montando esse grupo em conjunto com grandes amigos meus que tenho orgulho de ser amigo desse grupo. E, a partir desse momento, nós criamos uma resistência ao dizer que sobre essas regras nós não vamos entrar, porque isso vai perpetuar o poder dos grandes clubes do Brasil”, disse.

Insatisfação dos clubes

Após a pressão, a Libra fez alterações para tentar conter a insatisfação dos clubes, mas houve novas saídas do bloco: Cruzeiro, Vasco e Botafogo deixaram o grupo e acertaram com a Liga Forte Futebol (LFF). Apenas o Atlético fez a rota oposta.

“Começamos a negociar, equalizamos os processos e falamos que não aceitamos essas cláusulas, mas o resto a gente aceita. E, dessa mesa aqui, veio presidente do Atlético e CEO do Cruzeiro, houve movimento interno de dentro da Libra para equalizar os processos, mas as duas cláusulas mais importantes não mudaram. E, nesse intervalo, Coritiba, Vasco, Botafogo e Cruzeiro enxergaram que os critérios não estavam condizentes e assinaram nas mesmas condições que a gente na LFF”.

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