A campanha ruim do América na Série A do Campeonato Brasileiro de 2023 tem relação direta com estatísticas desastrosas da defesa. Quase na metade da competição, o Coelho já acumula o mesmo número de gols sofridos em toda a edição da Série A de 2021 e está a apenas três do total de vezes em que teve sua rede balançada em 2022.
O América já sofreu 37 gols em 16 partidas pelo Brasileiro de 2023 (o duelo com o Vasco, pela 15ª rodada foi adiado), mesmo número das 38 rodadas de 2021. Em todo o campeonato de 2022, o time americano sofreu 40 gols. Nessas duas edições, o Coelho fez campanhas de recuperação, também passando apuros, mas conseguindo reagir e até obter vaga em torneios internacionais.
Neste ano, no entanto, ainda não deu indício de que o roteiro se repetirá. Com apenas 10 pontos, o time comandado por Vagner Mancini é o vice-lanterna, com apenas 21% de aproveitamento.
O Coelho tem a pior defesa do campeonato, com cinco gols a mais que o segundo colocado nesse quesito, o Coritiba, que também está na zona de rebaixamento e viu suas redes balançarem 32 vezes.
Nem o Vasco, pior time do Brasileiro, sofreu tantos gols – são 28 na contabilidade cruz-maltina.
América sofre com goleadas
A derrota por 4 a 1 para o Palmeiras, neste domingo (30/7), no Independência, foi a quarta goleada sofrida pelo América neste Brasileiro.
- Logo na primeira rodada, o Coelho foi derrotado, em casa, pelo Fluminense por 3 a 0.
- Na segunda rodada da Série A’2023, perdeu para o São Paulo também por 3 a 0, atuando como visitante.
- Na sexta rodada, amargou um 4 a 0 no clássico contra o Cruzeiro.
Esses não foram, no entanto, os únicos jogos em que a atuação defensiva comprometeu a campanha da equipe.
Em 16 partidas no Brasileiro, o Coelho levou três ou mais gols em sete jogos – embora em alguns casos o ataque tenha funcionado, atenuando a situação. Foi assim nas derrotas por 3 a 2 para o Santos e por 3 a 1 diante de Grêmio e Coritiba.
Nesta temporada, em 11 partidas o América saiu de campo com três ou mais gols sofridos. Nessa conta entram também:
- a derrota por 3 a 2 para o Atlético, pela primeira partida da final do Mineiro
- outro revés por 3 a 2, mas para o Defensa y Justicia, pelas Sul-Americana
- a derrota por 3 a 1 para o Internacional, pelas oitavas de final da Copa do Brasil – que só não teve efeito pior porque o time mineiro saiu vencedor nos pênaltis (5 a 4)
- e os 3 a 2 para o Corinthians, na eliminação nas quartas de final da Copa do Brasil, também definida nos pênaltis: 3 a 1 para os paulistas.
