CASO VINI JR

Atlético-MG: Reinaldo apoia Vini Jr. e sugere comemoração com punho cerrado

Ex-jogador demonstrou apoio ao jogador que vem sofrendo ataques racistas na Espanha e sugeriu comemoração como forma de combate aos xingamentos
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Ídolo do Atlético-MG, Reinaldo demonstrou apoio ao atacante Vinicius Júnior, do Real Madrid, após o jogador sofrer mais uma onda de ataques racistas na Espanha.

Nesse domingo (21/5), durante o confronto com o Valencia, o ponta da Seleção Brasileira foi chamado de macaco por parte dos torcedores presente no Estádio de Mestalla, em Valencia.

O caso repercutiu ao redor do mundo e gerou revolta em várias pessoas, dentro e fora do futebol. Conhecido por ser um símbolo de resistência contra as desigualdades e opressões, o ex-jogador Reinaldo publicou um vídeo em apoio a Vinicius Jr (assista abaixo).

“Estou me sentindo frustrado, revoltado com o que estão fazendo com o Vinícius Júnior. Não podemos ficar de braços cruzados diante do racismo. Vocês conhecem a minha luta. Faço um apelo a todos os atletas, independentemente do clube em que jogam, da cor da pele, do partido político ou da nacionalidade. Comemore o gol com o punho cerrado. É uma demonstração de combate ao racismo. Vini Júnior, estamos com você”, disse.

Reinaldo, ídolo do Atlético-MG

Comemorar gols com o punho cerrado erguido é uma marca registrada de Reinaldo.

O gesto, que foi utilizado por ele ao longo da carreira, durante os anos em que o Brasil esteve sob uma ditadura militar (1964 a 1989), é bastante comum entre grupos que lutam contra racismo, desigualdades sociais e preconceitos.

Um dos principais movimentos que utilizou o punho cerrado foi o Black Power, que ocorreu nos Estados Unidos durante os anos 60 e 70 e lutou contra o racismo e a favor dos direitos dos negros no país.

Entenda o caso

Vinícius Júnior foi vítima de insultos raciais nesse domingo (21/5), na derrota por 1 a 0 do Real Madrid para o Valencia, pela 35ª rodada do Campeonato Espanhol. Aos 25 minutos do segundo tempo, torcedores presentes no Estádio de Mestalla entoaram cantos racistas direcionados ao atacante. O jogador identificou um dos torcedores que o ofendeu e precisou ser segurado pelos companheiros.

Já nos acréscimos, Vini Jr. foi expulso. O atacante se envolveu numa confusão com jogadores do time rival e recebeu o cartão vermelho por atingir Hugo Duro, com o braço. A reação ocorreu após o brasileiro ser segurado pelo pescoço pelo mesmo jogador durante a discussão.

Após o término do confronto, La Liga prometeu que vai investigar o caso e, para isso, solicitou “todas as imagens disponíveis para investigar o ocorrido”. A instituição também diz que “apresentou nove queixas nas últimas duas temporadas perante o Comitê de Competições da RFEF, Comissão Estadual contra a Violência, Racismo, Xenofobia e Intolerância no Esporte, além do Ministério Público do Ódio e Tribunais”.

Depois do episódio, diversos personagens do esporte prestaram apoio a Vinícius Júnior. Entre eles, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o ex-jogador Ronaldo Fenômeno, os astros Neymar e Mbappé, o técnico Carlo Ancelotti e o Presidente da República, Lula. O próprio Vini Jr. também desabafou e cobrou “ações e punições” dos diretores de La Liga.

O Real Madrid volta a campo nesta quarta-feira (24), quando enfrenta o o Rayo Vallecano, às 14h30 (de Brasília), no Santiago Bernabéu, pelo Espanhol.

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