O técnico Paulo Turra explicou como a saída de Luiz Felipe Scolari para o Atlético-MG resultou na sua demissão do Athletico-PR. Ele contou, em entrevista ao SporTV, o conteúdo da ligação de Alexandre Mattos, CEO de Relações e Negócios do Furacão, o desligando do cargo de treinador do time paranaense ainda no último dia 16.
“Saí pela porta da frente, de cabeça erguida. Aconteceu em 3 horas. Almoçamos, o professor (Felipão) e eu, no CT, aí professor foi para a sala dele, quando estava na minha sala, ele me chamou e me contou que tinha acertado com o Atlético-MG. Ele colocou em pauta se eu gostaria de ser auxiliar, agradeci, mas falei que iria ficar no Athletico-PR, estávamos em três competições e cravei: vamos ser campeões de uma. Me parabenizou, me desejou boa sorte. Fiquei surpreso”, disse Turra.
Mattos explicou que Turra fazia parte do projeto de Felipão no Furacão. “Na realidade, não tive tempo para pensar nisso (que eu poderia sair a partir do momento que o Felipão saiu). Fui pego de surpresa. Quando recebi a ligação do Mattos, aí caiu minha ficha. Ele (Mattos) disse: ‘Paulo, estou ligando para falar, contextualizando, dizendo que eu fazia parte do projeto Felipão. (Felipão) Me indicou, presidente aceitou, como fazia parte do projeto, Felipão saindo, estaria saindo. Entendi, compreendi, agradeci a oportunidade e pronto. Sigo meu caminho como treinador. Sou muito grato ao que o Athletico-PR me proporcionou em sete meses como treinador”.
Turra acredita que não houve represália em sua demissão. “Não chego a falar em represália, faz parte do contexto. Respeito muito a atitude do Athletico-PR, clube estruturado, pessoas fantásticas. Represália é forte. Como cheguei com o Felipão, automaticamente quando o professor se desligou para ir para um rival, o clube pensou, por eu estar junto, também deveria ir (embora). Não tenho mágoa do Athletico-PR. Só tenho que agradecer o momento que tive. Aprendizado enorme. Saio pela porta da frente”, finalizou.
