ATLÉTICO

Ídolo do Atlético não é reconhecido em Loja do Galo, diz filha

Artilheiro do Atlético nos anos de 1950 e 1960, Ubaldo Miranda não foi reconhecido na Loja do Galo, segundo sua filha; relembre trajetória do ex-atacante pelo clube alvinegro
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Ídolo histórico do Atlético, o ex-atacante Ubaldo Miranda não foi reconhecido pelos atendentes da Loja do Galo do bairro de Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, segundo sua filha Vera Pontes, que o acompanhava.

Atacante de grande sucesso no clube nas década 1950 e 1960, Ubaldo completa 92 anos no dia 19/7. De presente, queria comprar um tênis na Loja do Galo. A filha, Vera Pontes, o acompanhou até o estabelecimento.

Contudo, mesmo trajando a histórica camisa alvinegra com o número 9 e o nome “Ubaldo” nas costas, a lenda do Atlético não foi reconhecida na loja oficial do clube.

“Ninguém reconheceu ele. E eles não são nem obrigados, porque não devem ser atleticanos, não devem conhecer a história do clube”, disse Vera Pontes, filha de Ubaldo.

Vera deixou claro que, ao relatar o que aconteceu, não teve a intenção de gerar polêmica. “Eu acho que o Atlético e a diretoria não tem nada a ver com isso, não pode misturar as coisas”, afirmou ela.

Ao sair da Loja do Galo, Ubaldo foi reconhecido e tietado pelos motoristas de táxi que estavam na frente do local, segundo Vera: “Eles saíram de dentro do táxi para ir conversar com ele. Falaram ‘Ubaldo, eu não te vi jogar, mas meu avô, meu pai, sim’ “.

A filha do lendário jogador finalizou deixando claro que, apesar de ter atuado no clube há muito tempo, seu pai não caiu no esquecimento dos torcedores: “Ele não está esquecido não, porque a maioria da torcida reconhece ele”.

Ubaldo pelo Atlético

Ubaldo é o oitavo maior artilheiro da história do Atlético.

Pelo Galo, ele fez 135 gols em 234 jogos, e venceu seis títulos do Campeonato Mineiro: 1950, 52, 53, 54, 55 e 58.

O ex-atacante foi um dos principais responsáveis pela hegemonia do time alvinegro nos anos 50, em Minas Gerais.

Decisivo, Ubaldo é o segundo maior artilheiro do Galo no clássico contra o Cruzeiro, ao lado de Reinaldo. Os dois guardaram 16 bolas nas redes da equipe celeste.

“Meu pai é um homem humilde, simples, mas é um cara que teve história no Atlético. O Atlético é grande hoje porque, igual a ele, muitos jogadores passaram por lá”, diz Vera Campos.

A história da idolatria de Ubaldo no Galo é contada no livro “No Tempo do Antigo Independência”, escrito por Ailton Guimarães. Publicada em 200, a obra está na quarta edição.

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