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SAF do Atlético: entenda o passo a passo da votação

Conselho Deliberativo do Atlético votará aprovação da SAF nesta quinta (20/7); proposta dos 4R's é de R$ 913 milhões por 75% das ações
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Em meio a protestos da torcida, a votação para a implementação da Sociedade Anônima do Futebol do Atlético será votada nesta quinta-feira (20/7). A reunião do Conselho Deliberativo do clube, na sede de Lourdes, em Belo Horizonte, decidirá se a proposta feita por empresários atleticanos será aprovada ou não. A transação ofertada é R$ 913 milhões por 75% das ações da SAF alvinegra.

Abaixo, veja passo a passo como será uma das votações mais importantes da história do Atlético.

Número de votos para a aprovação da SAF

  • Para a aprovação da SAF, 2/3 dos conselheiros precisam votar ‘sim’.
  • Ao todo, o Conselho Deliberativo do Atlético conta com 414 membros – cinco estão licenciados e não comparecerão à votação.
  • Dessa forma, para a aprovação da SAF, a proposta precisa de 273 votos favoráveis em 409 possíveis.

Processo de votação

  • A votação do Conselho Deliberativo será de forma híbrida, ou seja, presencial e virtual.
  • A sessão terá a duração de 36 horas. O processo começa às 8h de 20 de julho (quinta-feira) e termina às 18h do dia 21 (sexta-feira).
  • Assim como ocorreu na votação para a venda de 49,9% do shopping Diamond Mall,o voto será aberto.
  • O nome do conselheiro e o voto (sim ou não) serão exibidos em painel. O resultado parcial será mostrado em tempo real.

Proposta pela SAF do Atlético

O novo modelo da SAF do Atlético avalia o clube-empresa alvinegro em R$ 2,1 bilhões, envolvendo a Arena MRV e da Cidade do Galo, além do patrimônio do futebol. Como a dívida ronda a casa de R$ 1,8 bilhão, a conta é de que a associação entra com aproximadamente R$ 300 milhões na nova proposta.

Diante disso, os cerca de R$ 300 milhões correspondem a 25% da SAF atleticana. Os R$ 913 milhões aportados pelos investidores, portanto, representam 75%. Nesse valor, está incluído o perdão da dívida com a família Menin, avaliada em aproximadamente R$ 300 milhões.

Na prática, portanto, o aporte inicial para o caixa do Atlético seria de R$ 600 milhões. Recursos que serão utilizados principalmente para a quitação de dívidas onerosas, as mais prejudiciais à saúde financeira do clube.

A Galo Holding teria controle majoritário dos 4 R’s – Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador -, que devem ser detentores de 78% dos 100% da sociedade gestora. A nova composição, portanto, vai na contramão dos discursos de parte dos investidores nos últimos anos.

O banco BTG Pactual também terá participação importante na SAF do Atlético. A empresa de investimentos pretende integrar o clube-empresa alvinegro a partir de um aporte financeiro.

Outros empresários mineiros devem se associar ao projeto. A ideia é que outros dois grupos aportem cerca de R$ 100 milhões cada (um deles já definido, mas não divulgado), complementando parte dos R$ 913 milhões.

Oposição à proposta da Galo Holding

Parte da torcida do Atlético está engajada na oposição aos atuais moldes do projeto da SAF. Na tarde desta terça-feira (18/7), uma ala de atleticanos levantou uma campanha no Twitter. A hashtag #SAFadezaNão demonstrou a insatisfação de torcedores do Galo com o projeto que pretende transformar a instituição em clube-empresa.

Várias faixas foram estendidas por Belo Horizonte na madrugada desta quarta-feira (19/7) com críticas ao projeto de SAF do Atlético.

“115 anos não se decidem em 10 dias. SAF sim! SAFadeza não! 19/7, às 18h, na sede de Lourdes”, diz a mensagem de uma faixa, assinada como Manifesto da Massa.

A torcida organizada GDR Alvinegra também prepara um protesto em frente à sede do clube mineiro, no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. “Queremos uma SAF isenta, que defenda os interesses do clube e não de milionário”, pontua a arte de divulgação.

A oposição ao projeto de SAF do Atlético também se fez ouvir no Conselho Deliberativo. Na manhã dessa terça-feira (18/7), em uma reunião entre conselheiros e o CEO Bruno Muzzi, Cláudio Utsch e Sérgio Salum questionaram as diretrizes das negociações do clube-empresa atleticano e apontaram conflito de interesses no processo.

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