Os comentários de Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), sobre as decisões da arbitragem no embate entre Atlético e Flamengo, pela 17ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, geraram revolta de atleticanos nas redes sociais. As análises do profissional foram realizadas durante o programa Papo de Arbitragem, da CBF TV.
Seneme opinou sobre três lances em evidência na partida vencida por 2 a 1, de virada, pelo time carioca: uma possível falta de Paulinho, do Atlético, no lance do primeiro gol alvinegro; a disputa entre Arrascaeta, do Flamengo, e Jemerson, do Galo, no lance que origina a falta do tento de empate flamenguista, e um chute de Wesley, do rubro-negro, que acertou a perna do alvinegro Zaracho.
Falta de Paulinho em Bruno Henrique?
“É o jogador do Atlético Mineiro que propõe o contato. O jogador do Flamengo tem o pé parado. Esse contato tem força suficiente ou não para se tornar infração? Na minha visão, tem potencial de infração esse contato.”
Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF
Falta que origina o primeiro gol do Flamengo
“Novamente, uma situação interpretativa. Alguns interpretam que pode ter tido infração (de Arrascaeta) antes da infração (de Jemerson). Esses movimentos pela disputa e pela vantagem técnica vão ter uma sequência. Essa sequência é absolutamente dentro da força natural de uma disputa leal. É uma disputa leal. Eu não posso considerar isso uma disputa desleal. Os dois estão brigando pela bola. Se a gente parar a foto, é uma infração (do Arrascaeta). Mas o jogo não é de fotos. Ele não tinha onde pôr o pé. É um choque natural de uma disputa que ocorreu. A segunda ação já é uma ação faltosa. O pé direito derruba o jogador no pé esquerdo.”
Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF
Chute de Wesley no joelho de Zaracho
“Se eu vou chutar uma bola, eu não consigo chutar a bola e frear meu pé. Quando eu chuto, uma pé vai ter uma ação contínua. Se, nessa ação contínua, o jogador toca a bola e deixa a perna firme para poder lesionar um adversário ou se a perna dele está num movimento natural, que quando tem um impacto, recolhe automaticamente, sem força. Essa jogada tem uma característica assim, de um pé que chuta a bola e acidentalmente pega a perna do outro. Automaticamente recolhe, diminuindo a força.”
Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF
Chamou atenção o fato de que o programa não comentou lance de cotovelada do uruguaio Arrascaeta no volante Rodrigo Battaglia, do Atlético. O uruguaio não foi advertido pela arbitragem comandada por Flávio Rodrigues de Souza no Independência, em Belo Horizonte.
Os comentários de Seneme geraram revolta de atleticanos nas redes sociais. A seguir, veja algumas das reações na internet.