Na derrota do Cruzeiro por 1 a 0 para o Cuiabá, nessa segunda-feira (22/5), a condição ruim do gramado da Arena do Jacaré foi alvo de críticas dos jogadores celestes. O estádio em Sete Lagoas foi escolhido pelo clube celeste a apenas quatro dias da partida, já que estava impossibilitado de utilizar o Mineirão e o Independência, em Belo Horizonte.
Em entrevista depois da partida, o goleiro Rafael Cabral considerou que a estrutura da Arena do Jacaré está aquém de uma partida da Série A do Campeonato Brasileiro.
“Por mais que a torcida estivesse aqui, [a Arena do Jacaré] está longe de ser a nossa casa. O campo está muito ruim, e o estádio deixou muito a desejar. Não era um estádio para um jogo de Série A. Infelizmente, é o que tínhamos. Agora, temos que ficar em silêncio, trabalhar e assumir a responsabilidade”, declarou o capitão cruzeirense.
O atacante Bruno Rodrigues expressou a insatisfação com a presença de areia no gramado.
“Eu sou um cara que me cobro muito e estava errando passes que não erro. Não vou colocar a culpa no gramado, porque se não é polêmica, mas, infelizmente, não dá para jogar aqui. Muita areia. Infelizmente, não dá”, reclamou.
“Nossa equipe sabia que seria difícil. Não é arrumando desculpa, mas as condições do gramado para o Cruzeiro, um time rápido e que gosta de ter a bola, poderia ter caprichado mais em um campo com mais qualidade. Erramos alguns passes, mas não é desculpa. Temos que melhorar”, acrescentou o centroavante Henrique Dourado.
Resposta da Arena do Jacaré
Em contato com o No Ataque, nesta terça-feira (23/5), o Democrata-SL, proprietário da Arena do Jacaré, justificou as dificuldades e o pouco tempo hábil para receber o jogo.
“Estarmos 100% preparados para receber uma das maiores potências do futebol mundial, nunca estaremos. Somos um clube humilde, sempre de portas abertas, mas limitado. Fomos acionados quinta-feira e, desde então, viramos o foco para receber o Cruzeiro da melhor forma”, ressaltou a assessoria de comunicação do clube, repetindo a mensagem divulgada após a confirmação do estádio como local da partida.
Depois disso, o Democrata emitiu uma nota para falar das condições do gramado. A explicação se baseou na época fria do ano e no pouco tempo de preparação para a partida.
“O clima seco dos últimos dias e a época fria do ano que se aproxima exigem cuidados mais intensos com o espaço que é irrigado três vezes ao dia e também foi adubado recentemente. O pouco tempo que a gestão teve para preparar o gramado foi empecilho para que o campo apresentasse melhores condições”,
publicou o clube de Sete Lagoas.
Antes do jogo pela Série A, a Arena do Jacaré estava inativa desde 2 de abril, quando recebeu a partida entre Cruzeiro e Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro Feminino. Em março, o estádio foi palco do confronto entre América-MG e Ceará, pelo Brasileiro Sub-20.
Escolha por Sete Lagoas
O jogo entre Cruzeiro e Cuiabá, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro, seria no Independência, em Belo Horizonte. Porém, o América-MG vetou a partida do time celeste pela situação do gramado do estádio do Horto. Já o Mineirão estava indisponível para o futebol devido a um evento musical realizado no fim de semana passado.
O Cruzeiro tentou alterar a data da partida para esta quarta-feira (24/5), já que o Independência estaria liberado. No entanto, a CBF negou a possibilidade devido à logística e a transmissão do duelo.
Dessa forma, a opção viável encontrada pela diretoria cruzeirense foi mandar a partida em Sete Lagoas. Esse foi o segundo jogo da Raposa na Arena do Jacaré em 2023. Na ocasião anterior, em 11 de março, o Cruzeiro também foi derrotado: 2 a 0 para o América, pela semifinal do Campeonato Mineiro.
