O Cruzeiro apresentou nesta terça-feira (23/5) detalhes de como será organizado o comitê de torcedores. A criação do fórum, de caráter consultivo, ocorreu logo após a polêmica envolvendo as mascotes Raposão e Raposinho, em março deste ano.
A primeira reunião do comitê está agendada para 8 de junho e tem como tema a reformulação dos animadores de torcida. A Sociedade Anônima do Futebol (SAF) celeste repaginou o design das fantasias, porém não agradou parte da torcida.
De acordo com o informativo do Cruzeiro, o conselho de torcedores foi inspirado em ações semelhantes realizadas por grandes clubes europeus. O fórum será composto por sócios, ídolos do clube e membros da diretoria.
Ainda de acordo com o Cruzeiro, os detalhes do processo de seleção dos membros serão divulgados, mas a “definição final dos nomes será de responsabilidade exclusiva da SAF”.
Os torcedores participantes serão renovados a cada temporada. Inicialmente, eles participarão de três reuniões anuais sobre pautas previamente estabelecidas.
Divisão do comitê de torcedores:
- 1 Sócio 5 estrelas;
- 1 ex-atleta notadamente ídolo do Cruzeiro;
- 1 Sócio Diamante;
- 1 representante das Embaixadas;
- 1 membro da Associação de Grandes Cruzeirenses;
- 1 membro de torcidas organizadas;
- 1 representante de grupos de minoria;
- 1 torcedor em geral.
- Um membro do Cruzeiro Associação
- Alexandre Cobra, secretário-geral
- Lênin Franco, diretor de Marketing
- Enrico Ambrogini, diretor de Operações do Cruzeiro
Polêmica do Raposão
O Raposão teve a nova identidade visual apresentada pelo Cruzeiro no mesmo dia em que completava 20 anos de existência. Em vídeo divulgado nas redes sociais, as versões antigas saudaram a chegada do repaginado animador da torcida, acompanhado do também renovado Raposinho.
A apresentação, no entanto, não agradou. Integrantes das organizadas do Cruzeiro foram à Toca da Raposa II protestar e pedir a volta das mascotes antigas. Depois disso, o clube mineiro suspendeu a modernização das personagens.
Para Ronaldo Fenômeno, gestor da SAF, parte do protesto foi desproporcional. “Fomos pegos de surpresa como uma coisa que feriu o orgulho do cruzeirense. Ninguém nunca pensou que pudesse ferir o orgulho do torcedor”, disse em entrevista ao programa Boleiragem, do SporTV.
“De todo jeito, a gente percebeu isso, e cancelamos a mudança. Uma reação desproporcional e violenta por parte da torcida em relação a um produto a uma unidade de negócio do clube”, completou o empresário.