Contratado pelo Cruzeiro em março, D’Alessandro precisou deixar de lado o forte vínculo com o Internacional para assumir a posição de coordenador de futebol do clube celeste. Em entrevista após o empate por 1 a 1 entre o Colorado e a Raposa, no sábado (1/7), o ex-meia argentino contou como está sendo esta nova fase profissional.
“O Cruzeiro é uma SAF, tem um orçamento importante, mas não é um dos maiores do futebol brasileiro. O trabalho vem sendo feito com cautela, seriedade. A gente sabe aonde pode chegar, negociar, entrar numa briga por atleta e jogador. Sabemos o que podemos fazer. O Cruzeiro não vai fazer loucuras. Isso não é dito por mim, mas por Pedro Martins, pelo Gabriel. É uma das diretrizes do clube. Essa é a base de um trabalho sério. Quem joga no Cruzeiro, sabe que está em dia, que vai receber e que tem uma estrutura muito boa de trabalhar”, disse.
“O fato de o Ronaldo ser o dono, ser o presidente e ter muita gente capacitada, ter uma linha de trabalho, diretrizes bem marcadas, me fizeram decidir e deixar coisas de lado, como minha família em Porto Alegre. Não é fácil. Deixar meus três filhos. Mas vale a pena na parte profissional. Estamos trabalhando muito duro no dia a dia, é uma experiência sensacional”, complementou.
D’Alessandro chegou ao Cruzeiro sob olhares de desconfiança, devido à falta de experiência como dirigente. Sua aposentadoria como jogador foi em abril de 2022, mesmo ano em que se tornou comentarista dos canais do Grupo Globo.
A primeira oportunidade de trabalho nos bastidores veio sob convite da gestão de Ronaldo Fenômeno na SAF celeste. O intuito da contratação é que D’Alessandro medeie os setores de mercado, vestiário e campo da Raposa.
Além de dialogar com os principais gestores do Cruzeiro, como o CEO Pedro Martins e o diretor Gabriel Lima, o ex-camisa 10 acompanha de perto o dia a dia dos jogadores e do técnico Pepa.
“Acreditamos muito no elenco, acreditamos que podemos reforçar também. Acreditamos nos jogadores, na mentalidade forte. O nosso time tem que ser intenso, competitivo. Não podemos fugir disso e temos que seguir esse caminho”, disse D’Alessandro.
“Obviamente, o futebol é resultado. A gente começou muito bem. Depois, tiveram resultados que fazem parte do futebol. É dar continuidade ao trabalho que os profissionais e o Ronaldo começaram ano passado de reerguer, reestruturar e a reorganizar o Cruzeiro, além do profissional, mas na base na também. Um trabalho de formiga, não vai ser de um dia para a noite que vamos recuperar um clube tão grande. Já conseguiu subir ano passado. Esse ano, começamos o Brasileiro bem e temos que dar continuidade no trabalho”, acrescentou.
D’Alessandro ressaltou que seu trabalho envolve não apenas a coordenação do elenco profissional, mas também do time Sub-20 das categorias de base da Raposa.
“Fui contratado para ser coordenador de futebol, tanto do sub-20 como do profissional. Estou fazendo a transição, já passaram mais de quatro meses que estou trabalhando nessa função, que para mim é muito importante para dar continuidade num trabalho legal que vem sendo feito desde o ano passado, numa mudança de treinador, com mudança de perfil de atletas do ano passado para esse. Trabalhamos na transição com os jovens, que a gente olha para poder contar com eles a curto e longo prazo, trabalho com a equipe profissional no dia a dia, no vestiário, abaixo do Pedro Martins, que é nosso diretor é a nossa cabeça dentro do departamento de futebol”, relatou.