Após a classificação do Atlético-MG às oitavas de final da Copa Libertadores, na noite desta terça-feira (27/6), o técnico Felipão citou dificuldades deste início de trabalho no clube mineiro. O experiente treinador gaúcho está, de forma efetiva, há uma semana no comando do Galo.
Em Assunção, no Paraguai, o Atlético-MG arrancou um empate por 1 a 1 com o Libertad e garantiu vaga nas oitavas do principal torneio do continente. Ao analisar a partida, Luiz Felipe Scolari apontou evolução em um aspecto em relação aos últimos jogos: a dedicação.
“Hoje nós tivemos mais empenho, mais dedicação. Uma melhor performance nesse sentido do que jogamos. Tivemos algumas dificuldades no jogo jogado e tivemos mais vibração do que nos outros dois jogos anteriores. Isso é uma coisa que, aos poucos, nós vamos conseguindo. Nós não treinamos e eu vou, aos poucos, fazendo as modificações que surgem na ideia e com alguns dados estatísticos (por isso a colocação do Igor)”, avaliou.
Em seguida, o treinador de 74 anos apontou dificuldades no começo do trabalho à frente do time mineiro. Felipão enfatizou a intensa sequência de jogos e viagens: foram três partidas consecutivas fora de casa.
“Conseguimos o primeiro objetivo, que era a classificação. Nós saímos daqui muito felizes, porque agora temos mais três, quatro dias para trabalhar, para ir conhecendo esse pessoal. Eu não os conheço a não ser de jogos contra. Então, vou conhecendo personalidades, desenvoltura em campo em determinados momentos para que, daqui dois, três ou quatro jogos, eu tenha um time mais ou menos que seja mais uma ideia minha do que uma sequência que vem acontecendo”, afirmou.
“Sete dias, seis viagens. Rio, Fortaleza e Assunção. É difícil! Eu vou conhecendo, vou trabalhando. Vamos ter tempo cheio, e acredito que a gente vai ter um time bem equilibrado na parte técnica e na parte emocional para que seja uma equipe competitiva como nós queremos no Atlético-MG”, acrescentou Felipão.
Problemas no último terço?
Em seguida, Scolari foi questionado sobre os erros do Atlético-MG nos metros finais do campo. Para o técnico, o desempenho nessas situações carece de ajustes. De toda forma, o gaúcho voltou a falar sobre o pouco tempo que teve para trabalhar com os atletas alvinegros.
“Não é falta de capricho. É um passe um pouco mais curto, mais longo. É uma coisinha de trabalho que nós vamos ter que ter. É uma coisinha de correção que tem que haver para que a gente chegue com mais condições ao gol adversário. Mas eu não posso falar sobre isso como uma coisa… Eu tenho sete dias no clube, duas competições e três jogos. Ajeitando aos poucos, a gente vai fazendo”, explicou.
“Como eu disse, eu espero que a torcida do Galo entenda que não foi fácil o empate aqui, mas conseguimos o primeiro objetivo. Eles conseguiram depois de ter perdido dois jogos em seis, o que é muito difícil numa classificação. E agora nós estamos no páreo. Vamos aos pouquinhos, fazendo algumas coisas diferente, e vamos melhorar para dar aquela alegria que o Galo precisa”, encerrou.
Agora, o Galo volta a focar na Série A do Campeonato Brasileiro. Às 16h do próximo domingo (2/7), o Atlético-MG receberá o rival América-MG no Mineirão, em Belo Horizonte, pela 13ª rodada da competição nacional.