Em entrevista exclusiva ao No Ataque, o ex-atacante Jô detalhou o clima no vestiário do Atlético no intervalo da final da Copa Libertadores de 2013, há exatos dez anos. Artilheiro daquela edição, com sete gols, o ex-jogador também falou sobre a postura do técnico Cuca na oportunidade.
No Paraguai, o Atlético havia perdido o jogo de ida para o Olimpia por 2 a 0. O resultado obrigava o time mineiro a reverter o placar no Mineirão, em Belo Horizonte. O primeiro tempo foi marcado por uma partida tensa, sem grandes chances de gol. No intervalo, de acordo com Jô, o clima era de ansiedade.
“Primeiro, o Cuca pediu calma porque estávamos nervosos. Estando em uma final, precisando reverter o resultado de 2 a 0, ficamos ansiosos para marcar o primeiro gol logo. Passava o tempo e não estávamos conseguindo. O Cuca pediu calma, falou que o jogo tinha 90 minutos, para a gente fazer aquilo que vinha sendo treinado”, relembrou ao No Ataque.
“Conversamos entre a gente, colocamos a cabeça no lugar. Entramos no segundo tempo mais concentrados. Passou aquele nervosismo da final, e aí sim conseguimos encaixar nossas jogadas. Fizemos o primeiro gol, depois demorou um pouco para sair o segundo, quase ainda sai o terceiro”, acrescentou.
Logo nos primeiros minutos da etapa complementar, Jô se aproveitou de um cruzamento de Rosinei para, de direita, balançar a rede do Olimpia. Na reta final, o ex-zagueiro Leonardo Silva marcou, de cabeça, o gol que levou a decisão para os pênaltis.
Na disputa, o Atlético venceu os paraguaios por 4 a 3 e ficou com o título inédito. Neste dia 24 de julho, a conquista completa dez anos.