MERCADO DA BOLA

Finanças do Atlético-MG: entenda impacto de possível negociação de Allan

Galo estuda alternativas diante de sondagens por Allan, um dos principais ativos do clube; entenda impacto de possível negociação
Foto do autor
Compartilhe

As finanças do Atlético-MG seguem como um caso grave no mundo do futebol e, por isso, há pressão interna no clube mineiro pela venda de ativos do elenco profissional. Mesmo assim, o cumprimento de uma importante meta orçamentária para 2023 não depende da saída de um dos principais jogadores do Galo. Entenda, a seguir, o impacto de uma possível negociação do volante Allan.

Aos 26 anos, Allan é um dos ativos de maior valor do Atlético-MG. Recentemente, o jogador esteve na mira do Palmeiras. Agora, o Flamengo aparece como novo interessado. Além, é claro, das constantes sondagens do futebol internacional.

É fato que, se negociado, o volante renderá uma quantia multimilionária ao Galo. As informações de bastidores dão conta de que o clube mineiro espera faturar, no mínimo, 10 milhões de euros (cerca de R$ 53,9 milhões na cotação atual) com uma possível saída do atleta.

Impacto de possível negociação de Allan

Mas, na prática, qual seria o impacto de uma transferência do volante nas finanças do Atlético-MG? Para efeitos de uma importante meta orçamentária, a venda de Allan não seria determinante.

Isso porque, conforme checado pelo portal No Ataque com fonte do clube mineiro, o Galo já atingiu cerca de R$ 72,7 milhões com saídas de jogadores em 2023. O objetivo estipulado em orçamento é de R$ 80 milhões. O valor restante para o cumprimento da marca é de R$ 7,3 milhões.

Algumas das saídas listadas a seguir aconteceram em 2022, mas foram reconhecidas oficialmente pelo Atlético-MG em janeiro deste ano. Foram os casos das transferências do goleiro Rafael, do lateral-direito Guga, do meio-campista Nacho Fernández e do atacante Keno. Veja os valores.

Saídas do Atlético-MG contabilizadas para 2023

2022

  • Rafael (vendido ao São Paulo): R$ 5 milhões
  • Vitor Mendes (emprestado ao Fluminense): R$ 600 mil
  • Guga (vendido ao Fluminense): R$ 7,3 milhões
  • Keno (vendido ao Fluminense): R$ 5,6 milhões
  • Nacho Fernández (vendido ao River Plate): R$ 16,4 milhões

2023

  • Jair (vendido ao Vasco): R$ 13,2 milhões
  • Micael (vendido ao Houston Dynamo): R$ 2,6 milhões
  • Paulo Henrique (emprestado ao Vasco): taxa de R$ 500 mil
  • Calebe (vendido ao Fortaleza): R$ 6 milhões 
  • Ademir (vendido ao Bahia): R$ 13 milhões
  • Sasha (vendido ao RB Bragantino): R$ 2,5 milhões

Total: R$ 72,7 milhões

Do montante, cerca de R$ 65 milhões entram diretamente para os cofres do Atlético-MG. Isso se deve à distribuição dos percentuais de direitos econômicos dos atletas envolvidos em negociações e também ao perdão da dívida do Galo com o River Plate (cerca de R$ 6 milhões) na transferência de Nacho.

Diante do exposto, a venda de Allan certamente representaria uma importante injeção de recursos para as finanças do Atlético-MG, mas não seria crucial para a meta orçamentária com saídas. O maior benefício seria a contribuição para a manutenção das contas da instituição em dia. O clube convive com uma grave crise financeira e já atrasou salários do elenco profissional em duas oportunidades no ano.

Nesta semana, inclusive, o Galo usou parte dos recursos da venda do Diamond Mall para quitar os vencimentos em atraso com os atletas. Outra parcela será utilizada para a quitação de dívidas com instituições financeiras.

Compartilhe