CONTRAPARTIDAS DA ARENA MRV

Arena MRV: CPI de Abuso de Poder intima CEO do Atlético-MG e arquiteto

CPI de Abuso de Poder investiga possíveis excessos nas contrapartidas exigidas ao Galo para a construção da Arena MRV
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) – Abuso de Poder intimou Bruno Muzzi, CEO do Atlético-MG, e Bernardo Farkasvölgyi, arquiteto da Arena MRV. A dupla prestará “informações pertinentes às contrapartidas” do novo estádio do Galo.

A proposta da CPI de Abuso de Poder é entender o processo de licenciamento da Arena MRV e investigar se as contrapartidas exigidas pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) foram impostas “exclusivamente para prejudicar o andamento das obras do novo complexo esportivo mineiro, por motivos alheios ao interesse da cidade”.

No último dia 9 de fevereiro, uma equipe da CPI visitou as obras da Arena MRV, acompanhada por Carlos Pinheiro, diretor de engenharia responsável pela construção, e Diego Pontes, gerente de projetos.

Àquela altura, Wesley Moreira (PP), presidente da CPI, declarou que “as empresas envolvidas alegam que houve um excesso de pedidos das contrapartidas”. Nesta segunda-feira (29/5), a Comissão aprovou os requerimentos para acionar outra dupla que presta serviços ao Atlético-MG.

Arquiteto da Arena MRV, Bernardo Farkasvölgyi participará da CPI na manhã do dia 1° de junho. Por sua vez, Bruno Muzzi, CEO do Galo e do estádio, prestará declaração na manhã do dia 15 de junho.

Contrapartidas da Arena MRV

As contrapartidas exigidas ao Atlético-MG pela PBH, na gestão do ex-prefeito Alexandre Kalil, alcançam a casa dos R$ 250 milhões. Do valor total, o clube mineiro assegura não dispor de R$ 100 milhões para concluir as obras.

As negociações dessas exigências entre Galo e a Prefeitura de Belo Horizonte, agora gerida por Fuad Noman (PSD), seguem em discussão. O Atlético-MG espera reduzir os custos finais da obra, que já superaram a casa de R$ 1 bilhão.

Em maio de 2022, a instituição se posicionou oficialmente a respeito das contrapartidas para a construção. O Galo usou como base os valores exigidos em obras de outras arenas do Brasil.

“As mais de 100 contrapartidas exigidas pela PBH para a construção da Arena MRV têm valores exorbitantes e completamente desproporcionais em relação a qualquer outra arena erguida no Brasil. Via de regra, projetos dessa envergadura, geradores de emprego e renda (notadamente no período de pandemia), recebem apoio e até incentivos do poder público. Não foi isso o que aconteceu aqui. Pelo contrário”, destacou o clube.

“Usou-se o empreendimento e seus apoiadores financeiros para que se resolvesse problemas históricos da região, como o de obras estruturantes viárias, que deveriam ter sido realizadas pelo poder executivo municipal”, encerrou o Atlético-MG.

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