O dia 30/5 é especial para todo atleticano. Nessa data, há 10 anos, o então goleiro Victor foi batizado como “santo” pela torcida do Atlético-MG após defender pênalti batido pelo atacante colombiano Riascos, do Tijuana, em jogo pelas quartas de final da Copa Libertadores, no Independência.
O confronto estava empatado por 1 a 1, resultado que classificava o Galo, até que, nos acréscimos do segundo tempo, Léo Silva cometeu pênalti em Riascos. Um gol do Tijuana eliminaria o alvinegro da competição.
Para os atleticanos Angel Baldo e Mishelle Nunes, a data ganhou importância ainda maior. Na manhã deste dia 30, no Hospital Santa Clara, em Uberlândia, nasceu o primeiro filho do casal. E o nome não poderia ser mais simbólico: Victor.
Com 51cm e 3,370kg, Victor Marani Nunes Baldo veio ao mundo no mesmo dia em que o xará do Galo era “santificado”, em 2013. O nome não foi por acaso – já havia sido combinado pelo casal, sugestão de Angel Baldo, atleticano fanático, que o primeiro filho seria xará do ídolo alvinegro.
“Já estava decidido desde o início da gravidez. Se fosse menino, se chamaria Victor, justamente por conta do ex-goleiro, hoje diretor do Atlético”
Angel Baldo, pai do menino Victor
O pai conta, no entanto, que só se deu conta da coincidência do dia marcado para o parto com a data da defesa do pênalti há pouco tempo: “A data do parto me pegou de surpresa, porque há mais ou menos um mês a gente marcou, e o médico falou que seria para o dia 30. E há uma semana, mais ou menos, o pessoal me alertou que dia 30 completaria 10 anos da defesa do Victor”.
“Eu fiquei muito feliz e saí contando pra todos os amigos e familiares, porque é uma sensação indescritível. Você já coloca o nome no menino por causa do goleiro, e aí ele nasce no dia em que se completaram os 10 anos da defesa”, afirmou Baldo.
Final da Libertadores
Victor Baldo nasceu às 7h24 da manhã. O horário, invertido, é a data do jogo de volta da final da Libertadores de 2013, contra o Olimpia, do Paraguai. Em 24/7, o Galo recebeu o time paraguaio no Mineirão, com a difícil missão de inverter o placar da derrota sofrida no duelo de ida, fora de casa: em Assunção, foi derrotado por 2 a 0.
Em um Gigante da Pampulha lotado, o Atlético-MG cumpriu a missão: venceu por 2 a 0 e levou a decisão para os pênaltis.
Nas penalidades, o xará de Victor Baldo brilhou de novo: defendeu a primeira cobrança do time paraguaio e abriu o caminho para a vitória do Galo por 4 a 3. O Alvinegro era, pela primeira e única vez na história, campeão da América.