Arquiteto da Arena MRV, Bernardo Farkasvölgyi disse ter encontrado um cadáver no terreno que receberia o estádio em 2013. Em oitiva concedida para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) – Abuso de Poder, o profissional destacou o apoio da comunidade local ao projeto do Atlético-MG também em virtude da insegurança.
Bernardo Farkasvölgyi foi intimado pela CPI de Abuso de Poder, que investiga possíveis excessos nas contrapartidas exigidas pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para a construção da Arena MRV.
Logo no início do depoimento, o arquiteto fez uma revelação surpreendente. Na primeira visita ao terreno que viria a receber as obras, Farkasvölgyi e equipe encontraram um cadáver.
“Completamente abandonado (o terreno). Na primeira visita que eu fiz no terreno, no final de novembro e começo de dezembro de 2013, eu encontrei um corpo lá dentro. Tivemos que chamar a polícia. Tinha um corpo, um cadáver lá dentro do terreno”, afirmou.
Em seguida, Bernardo destacou o apoio da comunidade local ao projeto do estádio do Galo. “Aquele terreno criava uma insegurança muito grande”, argumentou.
“Nas audiências públicas que foram feitas, foi muito interessante porque a comunidade abraçou muito o projeto. No sentido de que aquele terreno criava uma insegurança muito grande para a comunidade em volta. Era um lugar realmente de desova de cadáver, e essa insegurança era uma coisa que preocupava muito as comunidades à época”, relembrou.
“A Arena MRV veio como uma possibilidade de um equipamento que trouxesse segurança à região. Então, nas audiências públicas, a comunidade sempre foi muito firme no sentido de dizer que gostaria de que o empreendimento fosse concretizado também em função da questão de segurança pública”, acrescentou.
A Arena MRV está em fase final de obras. A expectativa interna no Atlético-MG é que o clube possa mandar seus jogos oficiais no local a partir de agosto.