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Atlético-MG: quem é Belmiro, símbolo do clube que vai se aposentar?

Massagista histórico do Galo, Belmiro entrará em campo pela última vez como colaborador do clube na partida contra o América

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Após 55 anos no Atlético-MG, o massagista Belmiro Oliveira, de 71 anos, anunciou sua aposentadoria nesse sábado (1/7). No clube desde 1968, o profissional viveu diversos momentos marcantes no Galo, com destaque para as conquistas do Campeonato Brasileiro em 1971 e 2021. 

Nascido em 28 de agosto de 1951, em São João Batista do Glória-MG, Belmiro é considerado um ídolo alvinegro pela torcida. Chegou ao clube a convite do médico Abdo Arges e, desde então, viu de perto as principais conquistas do Galo na história. 

O massagista conta que fazia enfermagem quando iniciou a trajetória no Galo. Bel, como é carinhosamente chamado no clube, queria ser jogador, mas acabou mudando de ideia pela concorrência.

“Eu queria era jogar bola, mas na minha posição tinham craques como o Lola, então não dava para mim. Mas aceitei trabalhar aqui com o maior prazer porque minha família é atleticana, e sou atleticano. De menino, me transformei num homem dentro do Atlético”, relembrou, em 2020, ao Hoje em Dia. 

Belmiro é o terceiro funcionário do clube com mais ‘tempo de casa’, atrás Milton e Antônio Evangelista. Desde 2014, o rosto dele é visto em uma das bandeiras que a torcida leva aos jogos.

“Muita gratidão, tem que agradecer a Deus e ao Atlético por essa oportunidade de estar aqui há 55 anos. Eu fui bem reconhecido pela torcida e por todos aqui dentro. (…) Muito orgulho, as lembranças, o que eu conquistei. Cada década diferente, com pessoas e jogadores diferentes, e eu sempre manti o mesmo jeito de ser”, disse, à GaloTV.

“É a vida, né? Fazer o que? Chegou o momento, tudo na vida vence, e chegou a minha vez. Sair e muito grato, com essa turma toda. Muito obrigado a todos”, completou, de forma emocionada.

Momentos marcantes de Belmiro no Atlético

No fim de 2021, em entrevista ao Estado de Minas, o massagista relembrou o sentimento ao ver o time conquistar o Campeonato Brasileiro pela primeira vez.

“Eu era muito novo, para mim era tudo novidade e fiquei encantado. Nosso time entrou desacreditado no Nacional, ‘seu’ Telê (Santana) apostou em jovens, como Zé Maria Pena, Humberto Ramos, Romeu, Danival, Antenor, entre outros, e colocou alguns mais experientes. Acabou que o time foi crescendo, deu liga, jogando o futebol que o seu Telê gostava”, contou Bel.

Desde então, o massagista viu o clube crescer até se tornar o que é hoje. “Desde o título de 1971, foi só crescimento. E não estou falando só da estrutura física, que foi transformada, está bem melhor. Hoje, a comissão técnica é maior, conta com mais gente especializada, profissionais de primeira linha”, afirma. 

Ao longo desses anos, diversos craques passaram pelas mãos do profissional, entre eles Toninho Cerezo, Éder Aleixo, Reinaldo, Dadá Maravilha, Guilherme e Ronaldinho Gaúcho. O mais marcante? Belmiro não tem dúvidas.

“Reinaldo era muito à frente dos demais, era gênio. O clube teve outros craques, mas não como ele. Infelizmente, o Rei acabou sofrendo muito com a violência dos marcadores. Além de pontapés, eles davam soco, cabeçada. E ele não temia, ia para cima”, disse.

Aposentadoria de Belmiro

No clássico entre Atlético-MG e América-MG, neste domingo (2/7), às 16h, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro, Belmiro irá a campo pela última vez como colaborador do clube. A partida será marcada por homenagens ao profissional. 

Nas redes sociais, o Galo agradeceu Belmiro pelo “carinho diário ao longo de décadas”. “Sua história é nossa história, você sempre será parte dela”.

O clube mostrou também a camisa para o clássico, com um patch comemorativo que diz: “Valeu Belmiro, 55 anos de Galo”.

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