Multicampeão com a camisa preta e branca, o volante Allan agora integra o top 10 das maiores vendas da história do Atlético-MG. No último domingo (2/7), o Galo confirmou a negociação do jogador com o Flamengo em uma operação de 8,2 milhões de euros – cerca de R$ 42,6 milhões na cotação atual.
O Atlético-MG ficou com 6,72 milhões de euros (R$ 35,3 milhões) na transferência. O valor foi assegurado pelo clube mineiro após longas semanas de negociações com os cariocas e representantes de Allan.
O top 10 elaborado pelo portal No Ataque considera os valores totais das vendas. As conversões para o real foram feitas com base nas épocas das transferências, sem correção pela inflação. Veja o ranking a seguir.
As maiores vendas da história do Atlético-MG
- Bernard para o Shakhtar Donetsk-UCR (2013): R$ 77 milhões (€ 25 milhões)
- Emerson Royal para o Barcelona-ESP (2019): R$ 50,8 milhões (€ 12,1 milhões)
- Jemerson para o Monaco-FRA (2016): R$ 48 milhões (€ 11 milhões)
- Junior Alonso para o Krasnodar-RUS (2021): R$ 46 milhões (US$ 8,2 milhões)
- Allan para o Flamengo (2023): R$ 42,6 milhões (€ 8,2 milhões)
- Sávio para o Grupo City (2022): R$ 35,6 milhões (€ 6,5 milhões)*
- Marrony para o Midtjylland-DIN (2021): R$ 28,3 milhões (€ 4,5 milhões)
- Gilberto Silva para o Arsenal-ING (2002): R$ 26,3 milhões (US$ 8,7 milhões)
- Chará para o Portland Timbers-EUA (2020): R$ 26,1 milhões (US$ 6,5 milhões)
*Sem considerar possíveis bonificações pelo atingimento de metas
Por que a lista tem nove jogadores, e não dez?
É certo que Toninho Cerezo está no top 10 das maiores vendas da história do Atlético-MG, mas há divergência em relação ao valor da transferência do ex-meio-campista para a Roma, da Itália, em 1983. O Galo Digital, enciclopédia oficial do clube na internet, fala em 10 milhões de dólares (valores equivalentes a 6,1 bilhões de cruzeiros – R$ 154 milhões corrigidos para 2023).
A própria página, no entanto, cita que a negociação de Cerezo foi acertada pelo mesmo montante da ida de Zico, ex-Flamengo, para a também italiana Udinese. De acordo com matéria de 1983 do jornal O Globo, a transferência do então camisa 10 rubro-negro foi fechada em 2 bilhões de cruzeiros (equivalentes a 4 milhões de dólares na época, ou R$ 61,6 milhões em 2023).
A reportagem de No Ataque entrou em contato com Toninho Cerezo, que disse não se recordar dos valores exatos da negociação. Caso a venda tenha sido concretizada por 10 milhões de dólares, o ex-meia ocuparia a liderança do ranking. Em um cenário de 4 milhões de dólares, ele seria o segundo colocado da lista, atrás apenas do atacante Bernard.
Novo nome no ranking
Allan, portanto, foi o pilar de uma das maiores vendas da história do Atlético-MG. O jogador deixou o clube mineiro após 170 jogos e sete títulos.
Com o Galo, o volante conquistou quatro Campeonatos Mineiros (2020 a 2023), um Campeonato Brasileiro (2021), uma Copa do Brasil (2021) e uma Supercopa do Brasil (2022). Nesta segunda-feira (3/7), Allan iniciou os trabalhos no Ninho do Urubu, CT do Flamengo no Rio de Janeiro.
A negociação, de toda forma, gerou críticas de muitos atleticanos nas redes sociais. Diversos torcedores do Galo se revoltaram com a saída daquela que era uma das principais peças do elenco para um dos maiores concorrentes a nível nacional.
Em grave situação financeira, o Atlético-MG tem na venda de atletas uma crucial fonte de receitas. O clube mineiro trabalha para concretizar a transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e atacar as dívidas onerosas rapidamente.