Dos 32 nomes que compuseram o elenco multicampeão pelo Atlético-MG em 2021, apenas 11 seguem como jogadores do clube mineiro. A estatística evidencia uma reformulação expressiva em um dos times mais marcantes da centenária história alvinegra.
Os mecenas do Atlético-MG (Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador) passaram a investir em reforços de peso a partir de 2020. O projeto alcançou bons resultados esportivos em curto prazo, com títulos do Campeonato Mineiro, do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil em 2021.
Ao fim do ano mais vitorioso de sua história, o Galo contava com 32 jogadores compondo o elenco profissional. De lá até os dias atuais, 21 deles seguiram outros caminhos, enquanto 11 continuam no clube mineiro.
Pilares do time multicampeão, o goleiro Everson, o lateral-esquerdo Guilherme Arana, o meio-campista Matías Zaracho e o atacante Hulk permaneceram. Outros atletas fundamentais, por outro lado, deixaram o clube. Foram os casos do zagueiro Junior Alonso, dos volantes Allan e Jair, do meio-campista Nacho Fernández e do atacante Keno, por exemplo.
Em diferentes momentos, peças importantes para a composição daquele grupo também saíram do Alvinegro. Rafael, Guga, Tchê Tchê, Nathan, Dylan Borrero e Calebe são alguns deles. Menos badalados, Jean, Micael, Neto e Echaporã foram outros que buscaram novos caminhos.
O mais recente deles foi o lateral-esquerdo Dodô. Na última segunda-feira (10/7), o Atlético-MG concretizou a liberação antecipada do defensor ao Santos por uma compensação financeira de R$ 600 mil.
Em relação ao grupo vitorioso de 2021, a reformulação mais notável aconteceu no setor de ataque. Dos multicampeões, somente o chileno Eduardo Vargas e o ídolo Hulk seguem no Atlético. Savarino, Keno, Eduardo Sasha, Savinho, Echaporã e Diego Costa, aos poucos, tiveram seus ciclos com a camisa preta e branca encerrados.
Elenco do Atlético-MG ao fim de 2021
- Goleiros: Everson, Rafael*, Matheus Mendes e Jean*
- Zagueiros: Junior Alonso*, Nathan Silva*, Réver, Igor Rabello e Micael*
- Laterais: Mariano, Guga*, Guilherme Arana e Dodô*
- Volantes: Allan*, Jair*, Tchê Tchê* e Neto*
- Meio-campistas: Zaracho, Nacho Fernández*, Nathan*, Hyoran, Dylan Borrero*, Calebe* e Alan Franco
- Atacantes: Hulk, Keno*, Savarino*, Diego Costa*, Eduardo Vargas, Eduardo Sasha*, Sávio* e Echaporã*
*Não seguem mais no clube.
Os remanescentes de 2021 no Atlético-MG
- Everson
- Matheus Mendes
- Mariano
- Igor Rabello
- Réver
- Guilherme Arana
- Zaracho
- Alan Franco
- Hyoran
- Hulk
- Vargas
Reformulação como palavra evitada
Nos meses que se seguiram ao fim de 2021, dirigentes do Atlético-MG evitaram a palavra reformulação. Os gestores batiam na tecla da manutenção de uma base do grupo vencedor para seguir na briga pelos grandes títulos.
Apesar disso, vendas se fizeram necessárias para cumprir com as metas orçamentárias da instituição, que sabidamente vive grave situação financeira. De toda forma, os valores dessas transferências e as reposições para essas baixas foram, muitas vezes, questionados por boa parte dos atleticanos.
No ano passado, o projeto esportivo do Galo deixou a desejar. A equipe encerrou a temporada com as conquistas do Campeonato Mineiro e da Supercopa do Brasil, mas com quedas amargas nas oitavas de final da Copa do Brasil e nas quartas da Copa Libertadores, além de um decepcionante sétimo lugar na Série A do Campeonato Brasileiro.
O elenco de 2023 já é bastante diferente do que ficará guardado eternamente na memória dos torcedores do Atlético-MG. Com uma realidade de investimentos reduzidos e intensificação de vendas para conter dívidas, o Galo é considerado por muitos como um time significativamente menos competitivo do que dois anos atrás.
