NO ATAQUE COM KALIL

Kalil sobre CPI da Arena MRV, do Atlético: “Tentativa de manchar minha história”

Em entrevista exclusiva ao podcast do No Ataque, Alexandre Kalil deixou claro que a ideia da Arena MRV nasceu na gestão dele; o ex-dirigente ainda falou sobre a CPI
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Ex-presidente do Atlético e ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil é um dos alvos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) – Abuso de Poder na PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), que investiga o papel da administração municipal na definição das contrapartidas para construção da Arena MRV. Em entrevista ao No Ataque nesta terça-feira (11/7), o político – que ainda não foi ouvido nas investigações – se defendeu.

Kalil disparou contra quem atribui a ele o atraso na liberação do estádio por causa das obras de contrapartidas. O ex-prefeito alegou que ninguém do Atlético o procurou para falar sobre o tema.

“Eu desafio qualquer funcionário do Atlético, diretor, investidor, mecenas, que tenha ido discutir contrapartidas comigo. Ninguém foi tratar do assunto comigo”, disse.

O ex-presidente do Atlético atribuiu a palavra “calúnia” às atribuições e afirmou que, se não quisesse que o estádio fosse construído, “batia na mesa” e vetaria as obras da Arena MRV.

Perguntado sobre a negociação das contrapartidas da Arena MRV, Alexandre Kalil declarou que as negociações eram feitas diretamente com as Secretarias de Política Urbana (SMPU) e de Meio Ambiente (SMMA) da PBH.

O ex-prefeito disse que se encontrou com o CEO da Arena MRV, Bruno Muzzi, apenas uma vez para discutir as obras.

“A única vez que ele falou em contrapartidas ele tomou um esporro, porque aceitou o que eles pediram na Secretaria sem me falar”, afirmou.

“Negócio público não é futebol não, negócio público dá cadeia. Eu não tratei, eu não interferi. É mais uma tentativa de manchar minha história”.

“Agora, a torcida escolhe em quem vai acreditar. Eu não vou me defender mais sobre esse assunto. Eu não me defendo sobre calúnia.”

Kalil sobre Arena MRV: “Esse estádio nasceu na minha gestão”

Perguntado sobre a investigação, Alexandre Kalil afirmou que o estádio ‘nasceu’ quando ele era presidente do Atlético.

“Esse estádio nasceu na minha gestão. A primeira reunião que autorizou a começar a olhar a isso fui eu, eu era o presidente do Atlético. O estádio tinha o nome do meu pai.”

“O estádio é do Atletico. O Atlético é que pagou o estádio. O estádio é meu, é seu, de quem for atleticano”, completou.

Atlético-MG x Prefeitura de Belo Horizonte

No início do projeto da Arena MRV, Marcio Lacerda era o prefeito de Belo Horizonte. O político foi prefeito da cidade de janeiro de 2009 a dezembro de 2016. No período, não houve conflitos diretos com o Atlético.

Em seguida, o processo de licenciamento e definição de contrapartidas ocorreu durante a gestão do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG entre 2008 e 2014 e desafeto da atual diretoria alvinegra.

A equipe de Kalil, que ficou no cargo entre 2016 e 2022, fez um estudo profundo do projeto e, a partir disso, descartou a Operação Urbana Simplificada (OUS) para a construção do estádio – erguido em uma Área de Preservação Permanente (APP), com Mata Atlântica.

Com isso, a Prefeitura de BH estabeleceu uma série de contrapartidas para que a obra fosse realizada – o que deu início ao imbróglio com a diretoria do Atlético-MG.

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