Alexandre Kalil fez um forte desabafo nessa terça-feira (11/7). O ex-presidente do Atlético pediu para que os torcedores não cobrem uma relação dele com o clube ou posicionamentos sobre o momento atual.
A declaração foi dada em entrevista exclusiva ao No Ataque. Em diferentes partes da conversa, Kalil se direciona aos atleticanos. A primeira vez, no entanto, foi após uma pergunta sobre a relação com o órgão colegiado do Galo, formado por Rubens Menin, Rafael Menin, Renato Salvador e Ricardo Guimarães.
“Eu não quero mexer com o Atlético. Aliás, eu quero falar uma coisa com a torcida: não me cobrem, porque me cobrar é covardia. Eu não tenho mais 49 anos, eu não tenho mais força para fazer nada. O que eu tinha que fazer, eu tentei fazer”, iniciou.
Posteriormente, o ex-dirigente ressaltou a idade e disse que pretende aproveitar apenas a relação com o futebol, sem se relacionar com o extra-campo.
“Eu quero paz, tranquilidade. Quero que a torcida não me cobre. Eu não tenho mais força física. Eu sou um velhinho de 64 anos, cara***. Afastar desse tipo de coisa que me faz mal. Eu quero estar perto, ver o Atlético”, afirmou.
No desabafo, Kalil ainda pediu para os torcedores o ‘esquecerem’. Explicou ainda que as duas únicas ‘paixões’ são o Atlético e as motocicletas.
“Eu quero ver futebol, quero ver bola, me larga em paz com a minha bola, esquece meu nome, pô. Vai cuidar da vida de vocês. É isso que eu estou pedindo, pelo amor de Deus. Eu não tenho avião, não tenho iate, não tenho po*** nenhuma, eu só tenho o Atlético. Eu gosto de Atlético e motocicleta”, disse.
“Já fiz o que tinha que fazer”, diz Kalil
Kalil foi presidente do Atlético entre 2008 e 2014, conquistando Campeonato Mineiro, Copa Libertadores e Copa do Brasil neste período. Ele demonstrou cansaço e disse que não tem mais saúde para se envolver com coisas relacionadas ao clube.
“Eu queria pedir à torcida do Atlético, por favor, que não me cobre. Eu sou um cara que já fiz o que tinha que fazer. Se foi bom, ruim, péssimo, eu fiz o que achei que tinha que fazer. Garanto à torcida do Atlético que eu nunca voltaria. Eu não quero ter aquele sofrimento, não tenho mais saúde”, disse.
Por fim, Kalil falou sobre as alegrias e tristezas que teve no comando do Galo, além de fazer um último pedido: que seja respeitado.
“E que a torcida não me cobre, pelo amor de Deus, porque eu não sou o Alexandre Kalil que assumiu o Atlético com 50 anos de idade. A maior alegria que eu tive na minha vida não foi ter filhos, netos, nada, foi ganhar no Atlético”, afirmou.
“Tudo que eu ganhei, cada jogo, título, taça, foram alegrias inesquecíveis. E dores terríveis. Mas eu queria ser só respeitado, porque a gente tem família, neto, respeitem, me esqueçam e deixem que a história vai julgar, a história julga todo mundo”, finalizou o ex-presidente.
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