LENDAS DO GALO

Torcedores do Atlético vaiam ex-atacante no Lendas do Galo

Guilherme foi vaiado pela Galoucura em evento festivo na Arena MRV; entenda o motivo e relembre fala do ex-jogador sobre o tema
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Apesar de ser um jogo festivo, o Lendas do Galo contou com uma insatisfação por parte da torcida do Atlético neste domingo (16/7). Na segunda partida do evento, o ex-atacante Guilherme Alves foi vaiado ao ter o nome citado no telão e assim que tocou na bola no gramado da Arena MRV.

O curioso é que o primeiro lance do ex-jogador foi logo um gol. A maioria dos torcedores presentes vaiaram, principalmente na Galoucura, organizada do clube. No entanto, também houve aqueles que comemoraram o tento e gritaram o nome dele. 


Josimar Júnior, presidente da Galoucura, já havia ‘alertado’ que esse seria o comportamento no evento. “É uma falta de respeito com a Galoucura e com a torcida chamar o Guilherme para o jogo. Ele foi bem no clube, mas precisa respeitar o que viveu. Se ele for, vamos vaiar. Revejam isso para não ter constrangimento no dia”, disse. 

As vaias se deram por um episódio que ocorreu em 2004. Naquele ano, Guilherme já tinha defendido o Galo e estava na primeira temporada pelo Cruzeiro. 

No primeiro clássico contra o Atlético, o então centroavante provocou os alvinegros ao balançar as redes pela Raposa. Ele levantou a camisa, mostrou a camisa da Máfia Azul e fez o gesto da principal organizada do clube celeste.

Ainda naquele jogo, Guilherme marcou mais um gol no Mineirão, mas o Galo acabou vencendo o Cruzeiro por 5 a 3, em partida pela 11ª rodada do Campeonato Mineiro.

Guilherme no Atlético

Guilherme é o sétimo maior artilheiro da história do Atlético. Entre 1999 e 2003, o ex-atacante fez 139 gols em 205 partidas com a camisa alvinegra e venceu um título: o Campeonato Mineiro de 2000.

Em entrevista ao Canal Web Cam, Guilherme relembrou o gesto. Ele afirmou que não há arrependimentos pelo fato de sempre ter ‘honrado’ o Atlético.

“Não há arrependimento porque enquanto eu vesti a camisa do Atlético, e aí pode perguntar para qualquer torcedor, eu vesti com fé, força, e sempre me doei ao máximo. Nunca fui chinelinho, nunca fugi de momentos complicados, sejam eles financeiros, quando invadiram o CT, nunca fiz isso. Enquanto estive no Atlético joguei machucado, com dor, isso que importa”, disse.

“Não adianta ficar quatro anos no Atlético, ‘ah, para o Cruzeiro eu não vou’, mas foram quatro anos de ‘férias’. A realidade é essa, é muito ‘mimimi’. Futebol raiz é isso. Fui, tive e acabou. Essa história do gesto não pode levar ela no macro, tem que ser no micro. Foi por umas atitudes que alguns torcedores tiveram comigo que realmente naquele momento eu reprovei. Sendo um cara de personalidade forte eu respondi”, completou.

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