SAF DO ATLÉTICO

Guimarães vê contradição em críticas à SAF do Atlético: ‘Não são justas’

Empresário, que agora será um dos sócios majoritários da SAF alvinegra, rebateu críticas de parte da torcida do Galo sobre o clube-empresa

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Um dos novos acionistas majoritários da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Atlético, o empresário Ricardo Guimarães disse ver contradição nas críticas de parte da torcida do Galo ao projeto de clube-empresa alvinegro. “As reclamações não são justas”, avaliou o mecenas.

Nas redes sociais, nas últimas semanas, vários atleticanos resgataram discursos antigos dos investidores ligados ao Atlético, quando diziam que não tinham a intenção de serem sócios majoritários da SAF do Atlético. O projeto teve mudança radical de direção, com Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador como controladores da Galo Holding, que terá 75% das ações do clube-empresa do Galo.

Na noite desta quinta-feira (20/7), a proposta de SAF foi aprovada pelo Conselho Deliberativo da instituição. Em discurso após a concretização do resultado favorável, Guimarães adotou tom sincero sobre as críticas.

“Sempre vão haver. Quando falamos que estávamos procurando investidores internacionais, as pessoas perguntavam: ‘Por que vocês não compram o Atlético? Ficaríamos mais satisfeitos. A torcida gostaria muito mais. A SAF não é boa, porque é investidor internacional’. Aí, quando anunciamos que nós podemos ser os investidores: ‘Ah não, a SAF é muito boa, mas se fosse com investidor internacional seria melhor’. Então tem muita contradição”, opinou.

“A gente sabe dos problemas do Atlético melhor do que ninguém, porque estamos aqui dentro. É fácil criticar de fora. Seria muito fácil a gente virar as costas agora e deixar o Atlético aqui num momento de dificuldade. (…) Ficam inventando que nós endividamos, não endividamos não. Pelo contrário. O Atlético hoje vale muito mais do que quando nós entramos aqui, há quatro ou cinco anos, mais efetivamente no clube”, acrescentou.

SAF responsável pela dívida

Em seguida, Guimarães ressaltou o fato de que a SAF do Atlético será integralmente responsável pela quitação da dívida do clube, que hoje ronda a casa de R$ 1,8 bilhão. O empresário também afirmou que nenhum dos investidores coloca interesses pessoais acima dos do Galo.

“Estamos aqui para oferecer para a torcida o melhor que poderia ser feito. Fizemos uma negociação muito transparente e honesta. É o maior negócio de SAF feito no Brasil. As reclamações não são justas. Não é o que traduz a realidade do negócio que estamos fazendo. São valores impressionantes, assumindo uma dívida de valor muito volumoso, e tudo isso está nas nossas costas”, disse.

“Para os investidores, talvez, era melhor esse dinheiro de fora. Mas, por pensar no Atlético e não em nós, e não na gente, não no que seria bom para nós, na realidade a gente estar aqui para buscar ajudar o Atlético crescer. É o que nós temos feitos como atleticanos a vida toda e, principalmente, mais recente, nos últimos anos, podendo contribuir aqui para o nosso clube”, prosseguiu.

Reconhecimento de falhas

Por fim, ainda em discurso, Ricardo Guimarães reconheceu erros da atual gestão atleticana. De toda forma, garantiu que todos os envolvidos têm colocado a dedicação ao Atlético como prioridade no momento atual.

“Erramos. Podemos ter errado. Nós não somos infalíveis. Somos seres humanos. Mas sempre em busca do melhor. Sempre com a melhor intenção. Nunca tentando tirar algum benefício pessoal para o nosso lado. Sempre olhando o lado do Galo, pensando na torcida”, assegurou.

“Em qualquer decisão nossa, estão na frente o clube e a torcida. A gente tem colocado em segundo plano a nossa vida pessoal, a nossa família, a nossa vida empresarial para estar dedicado aqui ao Atlético. A gente espera e tem muita confiança de que vamos conseguir ter um bom trabalho e fazer o Atlético crescer mais ainda do que já fizemos”, encerrou.

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