SAF DO ATLÉTICO

Investidores definem CEO do futebol na SAF do Atlético

Além do CEO do futebol, SAF do Galo contará com outros dois diretores no "Comitê de Gestão de Futebol"; veja o organograma
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O Atlético já definiu o CEO do futebol para a SAF. Após aprovação da venda de 75% das ações para a Galo Holding, nesta quinta-feira (20/7), Rubens Menin revelou que o atual presidente do clube, Sérgio Coelho, assumirá o cargo.

O CEO (Chief Executive Officer) ou diretor executivo, em português, é o nome do cargo que possui a maior autoridade na hierarquia de uma empresa. Ou seja, Coelho será o principal responsável na diretoria pelas decisões do futebol. 

Na prática, o mandatário alvinegro terá o cargo de diretor presidente no Comitê de Gestão de futebol. Dentro disso, ainda haverá três ou quatro membros ao lado de Coelho: sendo um indicado pela Galo Holding, outro pela associação, um diretor de futebol e um financeiro.

É possível alinhar os atuais funcionários nestas funções. Hoje, o Atlético tem Rodrigo Caetano como diretor de futebol e Bruno Muzzi como CEO. Ele deverá assumir o cargo de diretor financeiro.

O trio também fará parte da diretoria, que terá até nove membros. Além dos três cargos citados, o Galo contará com diretor de operações, jurídico, comercial e demais funções sem designação específica.

O organograma, portante, é mais complexo do que na associação. Haverá ainda um Conselho de Administração e um Comitê de Gestão do Futebol. As decisões finais serão deste primeiro, que vai contar com presença majoritária da Galo Holding. 

Órgãos de administração na SAF do Atlético: 

  • Conselho de Administração

Composto de 7 a 9 membros, sendo 5 a 7 indicados pela Galo Holding e 2 indicados pelo CAM, com mandato de 3 anos.

Todas as aprovações das deliberações em reunião do Conselho de Administração exigirá, pelo menos, a maioria dos votos dos Conselheiros presentes (maioria simples).

Entre as matérias a serem deliberadas pelo Conselho de Administração, estão: (a) aprovação ou alteração do Plano de Negócios e do Orçamento Anual; (b) eleição e destituição de Diretores; (c) definição da remuneração individual dos Diretores, dentre outras.

  • Conselho Fiscal


Permanente, composto de 3 membros e igual número de suplentes, nomeados pela Assembleia Geral, com mandato até a próxima Assembleia Geral ordinária. O CAM indicará 1 membro e o respectivo suplente

  • Diretoria

Composta por até 9 membros: Diretor Presidente, Diretor de Operações, Diretor de Futebol, Diretor Financeiro, Diretor Jurídico, Diretor Comercial e os demais sem designação específica, com mandato de 3 anos.

Eleitos em reunião do Conselho de Administração, pela maioria dos votos dos Conselheiros presentes (maioria simples). 

  • Comitê de Gestão de Futebol 

Permanente, de caráter consultivo, subordinado ao Conselho de Administração e sujeito às disposições de regimento interno a ser aprovado pelo Conselho de Administração. 

Composto por 3 a 5 membros, sendo que 1 indicado pela Galo Holding, 1 indicado pelo CAM, e os 3 membros restantes serão o Diretor Presidente, o Diretor de Futebol e o Diretor Financeiro em exercício, com mandato de 2 anos.

Conselho aprova venda de 75% da SAF do Atlético à Galo Holding

O Atlético se transformará em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), controlada pela Galo Holding, que terá 75% das ações. O clube-empresa alvinegro terá Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador como acionistas majoritários. Nesta quinta-feira (20/7), o Conselho Deliberativo da associação aprovou a transação.

Por volta das 18h23 desta quinta-feira, o projeto da SAF chegou aos 273 votos “sim” necessários para aprovação no pleito dos conselheiros. Até a atualização desta reportagem, foram apenas quatro “nãos” e duas abstenções para todas as quatro pautas envolvidas.

Agora, o clube se prepara para estruturar a documentação e concluir a venda de forma oficial. A negociação da SAF atleticana prevê aporte de R$ 913 milhões por parte da Galo Holding, sendo R$ 313 milhões o montante que representa o perdão da dívida alvinegra com a família Menin.

Diante disso, R$ 600 milhões serão injetados nos cofres do Atlético. No cronograma da SAF, esse aporte está previsto para ocorrer entre setembro e outubro. A quantia será majoritariamente destinada ao pagamento de dívidas onerosas, as mais prejudiciais à saúde financeira do clube. Parte do investimento será direcionado ao futebol.

Esses R$ 600 milhões virão de três veículos distintos: R$ 400 milhões aportados diretamente pelos 4 Rs (78% da Galo Holding); R$ 100 milhões (11%) por um fundo de investimento já definido (mas não divulgado) e R$ 100 milhões (11%) pelo Fundo de Investimento do Galo (Figa).

É no Figa que há a possibilidade de torcedores do Atlético participarem da SAF alvinegra. A iniciativa exige aporte mínimo de R$ 1 milhão, que pode ser realizado por composição financeira. Empresários mineiros e atleticanos, como Marcelo Patrus, do ramo de transportes, marcarão presença nesse terceiro veículo.

A SAF do Atlético assume a responsabilidade pela dívida do clube, que hoje ronda a casa de R$ 1,8 bilhão. A Galo Holding não detalhou a forma de pagamento do restante dos débitos após a quitação das dívidas onerosas.

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