FINANÇAS DO ATLÉTICO

Menin detalha dívida do Atlético e estima prazo para pagamento

SAF do Galo pretende atacar débitos onerosos com velocidade; restante da dívida deve ser amortizado "até 2026 e 2027", segundo Rubens Menin

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Um dos gestores da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Atlético, que está próxima de se tornar realidade, o empresário Rubens Menin detalhou a dívida do clube mineiro e estimou um prazo para que a SAF quite a totalidade desses débitos. Hoje, o Galo tem a maior dívida do futebol brasileiro, em valores que rondam a casa de R$ 1,8 bilhão.

“O nosso plano é zerar a dívida ruim (bancária) rapidamente, e a outra vamos amortizando até 2026 e 2027, quando ela deve acabar”, afirmou Menin em entrevista ao portal NeoFeed. O termo amortização diz respeito ao pagamento parcial de uma pendência financeira.

Perfil da dívida

Os R$ 913 milhões de aporte inicial da Galo Holding na SAF do Atlético serão majoritariamente direcionados ao pagamento de dívidas onerosas, as mais prejudiciais à saúde financeira do clube. Esses débitos geram juros de aproximadamente R$ 100 milhões ao ano para o Galo e comprometem significativamente o orçamento da instituição.

“Esse aporte de R$ 900 milhões tira toda a dívida ruim do Atlético, que tem alto custo financeiro. As boas são: a da Arena MRV, a do Profut e a dívida com jogadores e agentes. Essa já está praticamente toda renegociada”, detalhou Rubens Menin.

A gestão da Arena MRV fez dois empréstimos que, juntos, totalizam R$ 440 milhões, para a conclusão das obras do estádio. O prazo final de pagamento é 2029, e a SAF alvinegra pretende quitá-la a partir, especialmente, das receitas da própria Arena MRV.

Ainda em entrevista ao portal NeoFeed, Menin destrinchou as “dívidas boas” do Atlético. De acordo com as palavras do investidor, esses débitos rondam a casa de R$ 1 bilhão.

“Você tem a dívida de jogadores e agentes, que é um pouco menor que R$ 300 milhões. Essa dívida vai ser escalonada ao longo do tempo e ela cabe no orçamento com muita tranquilidade. Depois você tem o Profut, que é uma dívida fiscal. Essa é a que eu chamo de dívida boa. É de longo prazo, vários clubes têm e você paga com muita tranquilidade. Ela é de mais ou menos R$ 300 milhões”, explicou.

“O restante da dívida vem da Arena MRV, que é de R$ 400 milhões. E essa você paga de duas formas: uma é venda de propriedade, pois ainda tem propriedade para gerar renda. E a outra é a própria receita da Arena MRV, que será superavitária. O mais importante: R$ 900 milhões, que é dívida ruim, nós vamos tirar do Atlético”, acrescentou.

A SAF do Atlético

A Galo Holding terá participação majoritária (78%) do grupo que ficou conhecido como 4 Rs: Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador. A empresa terá 75% das ações da SAF do Atlético.

O restante do grupo será composto por dois fundos de investimentos – cada um com aporte de R$ 100 milhões (11%). O primeiro deles deve ser estruturado pelo Banco Master, conforme informado pela Central do Galo, enquanto o segundo será o FIGA (Fundo de Investimento do Galo), que pode envolver a participação de torcedores do clube mineiro.

O cronograma da SAF alvinegra prevê que o aporte de R$ 913 milhões seja realizado entre setembro e outubro.

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