A Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Atlético prioriza, em um primeiro momento, o pagamento de dívidas do clube. Ainda assim, quer manter um time competitivo no cenário nacional. Nesse sentido, o empresário Rubens Menin, um dos sócios do negócio, projetou o orçamento para o futebol alvinegro nos próximos anos.
Já considerando a transformação em SAF, o Atlético estimou custos na ordem de R$ 496,6 milhões com o futebol em 2023. Os valores foram divididos da seguinte forma:
- Custos com pessoal/direito de imagem/premiação: R$ 251,4 milhões
- Custos com atividades do futebol: R$ 224,9 milhões
- Custos gerais: R$ 20,2 milhões
Para 2024, os valores ainda não foram detalhados. De toda forma, um dos investidores do clube-empresa atleticano prevê um orçamento crescente.
“Sabemos que temos de ter um orçamento para o futebol. Porque para valorizar uma franquia, você tem de ter resultado. A primeira coisa que fizemos foi preservar no business plan (plano de negócios) um orçamento do futebol que deixe o Atlético competitivo nas disputas. Dentro desse orçamento, você tem a parte operacional e os investimentos”, disse Rubens Menin em entrevista ao portal NeoFeed.
“Esse orçamento é crescente nos próximos cinco anos. Ele vai aumentando todos os anos daqui para frente. À medida que você vai pagando a dívida, vai sobrando mais dinheiro para o futebol”, afirmou o empresário.
Questionado especificamente sobre os valores, Rubens foi cauteloso. “Isso ainda não posso falar. Tem muita coisa que não foi passada para o Conselho (Deliberativo) ainda. E vamos passar tudo isso. Mas posso garantir que ele vai ser do padrão atual para cima nos próximos anos”, projetou.
A SAF do Atlético
A Galo Holding terá participação majoritária (78%) do grupo que ficou conhecido como 4 Rs: Rubens e Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador. A empresa terá 75% das ações da SAF do Atlético.
O restante do grupo será composto por dois fundos de investimentos – cada um com aporte de R$ 100 milhões (11%). O primeiro deles deve ser estruturado pelo Banco Master, conforme informado pela Central do Galo, enquanto o segundo será o FIGA (Fundo de Investimento do Galo), que pode envolver a participação de torcedores do clube mineiro.
O cronograma da SAF alvinegra prevê que o aporte de R$ 913 milhões seja realizado entre setembro e outubro. Essa quantia será usada principalmente para a quitação de dívidas onerosas.