NO ATAQUE COM JÔ

Jô abre o jogo sobre jejum de um ano no Atlético: ‘Faltou empenho’

Em entrevista ao No Ataque, ex-atacante explica má fase no fim da trajetória pelo Galo e faz ressalvas com período sem marcar
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Jô foi um dos principais nomes do Atlético entre 2012 e 2013. No entanto, nas duas temporadas seguintes, passou por um jejum de um ano sem marcar, com 31 jogos neste período. Em entrevista ao No Ataque, o ex-atacante abriu o jogo sobre a má fase.


Foram 2.265 minutos em campo entre 10 de abril de 2014 e 3 de maio de 2015, dia em que voltou a balançar a rede pelo Galo, contra a Caldense, pelo Campeonato Mineiro. 

Segundo o ex-jogador, alguns fatores o levaram a má fase. Ele citou as lesões, a reconstrução do time após o título da Copa Libertadores e a falta de empenho.

“Pouco depois do Levir (Culpi, técnico) assumir, quando eu volto da Copa (do Mundo), tenho algumas lesões e vivo um período de instabilidade técnica, com certeza. A equipe estava sendo reformulada. Conseguimos ainda ser campeões da Copa do Brasil, eu sem atuar na reta final. De fato tive uma queda de rendimento”, iniciou.

Jô foi artilheiro da Libertadores e marcou 29 gols em 81 jogos entre 2012 e 2013. Além do torneio continental, conquistou Campeonato Mineiro, Recopa e Copa do Brasil com a camisa do Galo. Para ele, esse sucesso pode ter atrapalhado. 

“E aí entra 2015, eu ainda tive outras lesões, não consegui dar continuidade. Aí você conta o jejum de dias, e não de jogos. Fica parecendo que foi um jejum enorme. No final faltou um pouco de empenho da minha parte, de se esforçar um pouco mais”, afirmou.

Fim da trajetória no Atlético

Jô admitiu que faltou esforço, mas ressaltou que as lesões também o prejudicaram no fim da trajetória pelo Atlético.

“Talvez, tudo que eu tinha ganho dentro do Galo, você se acomoda um pouco pela história que constrói no clube. Antes de ir embora ainda faço o gol do título do Campeonato Mineiro. Mas surgiu a oportunidade de sair para os Emirados Árabes e vi que era o momento de se despedir da torcida do Galo”, relembrou.

Após quatro temporadas, o ex-centroavante deixou o Atlético para defender o Shabab Dubai, dos Emirados Árabes. Apesar do longo jejum, ele é lembrado com carinho pelos torcedores atleticanos.

“Os últimos meses dentro do Galo foram difíceis, mas nada apaga minha história, tudo que eu fiz pelo Galo. A torcida entendeu que tudo é fase, e foi uma fase difícil mesmo, tecnicamente as coisas não andavam bem, com o time em reconstrução”, relembrou.

Jô marcou 39 gols em 126 jogos pelo Atlético. Ele anunciou a aposentadoria do futebol no ano passado. Aos 36 anos, o ex-atacante pretende atuar como empresário de atletas no futebol.

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