Na véspera da data que marca o fechamento da janela de transferências no Brasil, o Atlético não anunciou contratações para a sequência da temporada. A única novidade – até então – foi o retorno do meio-campista equatoriano Alan Franco, que estava emprestado ao Talleres, da Argentina.
A situação desagrada boa parte da torcida do Atlético, que demonstra insatisfação com o elenco nesta altura do ano. Nas redes sociais, muitos atleticanos apontam necessidades de contratação de um meio-campista criativo e um atacante de beirada.
Assim como o antecessor Eduardo Coudet, que hoje treina o Internacional, o técnico Felipão optou, no último fim de semana, pela utilização do argentino Matías Zaracho na figura do meia criador. As outras opções para a posição são Igor Gomes, Hyoran e Pedrinho.
No setor ofensivo, Cristian Pavón é o jogador com mais características de um ponta tradicional. Hulk, Paulinho, Eduardo Vargas, Alisson Santana e Patrick também podem exercer a função.
O que disse a diretoria do Atlético
Na semana passada, tanto Bruno Muzzi (CEO) como Rodrigo Caetano (diretor de futebol) enfatizaram as dificuldades do clube mineiro no mercado da bola em virtude da limitação orçamentária. De toda forma, admitiram a possibilidade de chegada de ao menos um reforço nesta janela de transferências – ainda que tenham mencionado perfis distintos de atletas.
“A janela está muito curta, e a gente também quer trazer alguém no perfil que a gente queira. A gente tem mapeado o perfil que a gente quer, em termos de idade, do tipo de jogador. Não necessariamente será um jogador para chegar e assumir, um jogador-chave. A gente pode ter um jogador de núcleo, um jogador rotativo. Aquele jogador que está sempre presente, que entra esporadicamente, com uma boa performance esportiva”, disse Muzzi em entrevista ao jornalista Breno Galante.
“Posso afirmar que se for possível e estiver dentro do nosso orçamento trazer algum jogador que venha para fazer a diferença, a gente não vai medir esforços. Agora, contratar para compor elenco, para compor grupo ou qualquer tipo de aposta, nós não vamos fazer não”, afirmou Caetano em entrevista coletiva na Cidade do Galo.
Atuação no mercado
O Atlético foi mais agressivo no mercado da bola na primeira janela de transferências deste ano, quando contratou Patrick, Edenilson, Igor Gomes, Paulinho, Bruno Fuchs, Lemos, Saravia e Paulo Henrique (este emprestado ao Vasco).
A reformulação em relação ao elenco que encerrou 2022 no clube mineiro foi grande. De lá para cá, saíram: Rafael, Guga, Keno, Nacho Fernández, Jair, Calebe, Ademir, Sasha, Nathan Silva e Allan.
Coudet se incomodou com as saídas e com o que enxergava como uma redução de opções no elenco, enquanto Felipão adotou discurso mais alinhado ao da diretoria. Em diversas oportunidades, o experiente treinador gaúcho se disse satisfeito com o grupo que tem em mãos e fez questão de destacar que não precisa de reforços para a sequência da temporada.
A janela se encerra para o futebol brasileiro nesta quarta-feira (2/9). A maior tendência é de que o Atlético não anuncie um novo nome e siga para o restante do ano com as peças de que dispõe atualmente. O Galo busca se recuperar no Campeonato Brasileiro e, dada a situação nas competições, deve apostar as fichas na Libertadores.
“Talvez, a nossa maior contratação daqui para frente seja a manutenção do elenco. Não perder mais ninguém. O clube já fez as saídas necessárias para atender ao orçamento. A avaliação é que temos elenco para competir nas competições que restam.”
Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Atlético