CRUZEIRO

Cruzeiro: o peso da torcida nas receitas da SAF em 2022

Balanço financeiro da SAF do Cruzeiro mostrou que a torcida celeste teve papel fundamental na receita operacional líquida em 2022
Foto do autor
Compartilhe

A torcida do Cruzeiro teve papel fundamental para ajudar a encorpar as receitas da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) em 2022. De acordo com o balanço financeiro divulgado pela empresa de Ronaldo Fenômeno nesta quinta-feira (18/5), o montante recolhido com bilheteria e o programa de sócios-torcedores representa 41% do valor total arrecadado. 

O documento mostra que o clube-empresa teve uma receita operacional bruta de R$ 150.354.000 no primeiro ano do projeto. Desse total, ainda foram descontados R$ 4.226.000 de impostos e contribuições gerais para se chegar na receita líquida de R$ 146.128.000. 

A mobilização dos cruzeirenses para se tornarem sócios também teve grande impacto na arrecadação do Cruzeiro. O programa Sócios 5 Estrelas, que chegou a superar a marca de 71 mil contribuintes adimplentes, rendeu aos cofres da Raposa R$ 30.324.000. 

Já a presença em massa dos torcedores nos estádios para acompanhar o time então comandado pelo técnico Paulo Pezzolano, principalmente no Mineirão, deu bom rendimento. A bilheteria nos 25 jogos como mandante na temporada passada rendeu R$ 31.937.000.

Receita operacional bruta do Cruzeiro SAF

  • Receita operacional bruta Bilheteria e outras receitas em jogos – R$ 31.937.000
  • Programa sócio-torcedor – R$ 30.324.000 
  • Patrocínio e publicidade – R$ 28.817.000 
  • Direitos de transmissão fixos e premiações por performance – R$ 28.710.000 
  • Transferência de atletas e mecanismo de solidariedade – R$ 16.233.000 
  • Receitas com royalties e licenciamento – R$ 14.153.000 
  • Outros – R$ 180.000
  • Total da receita operacional bruta – R$ 150.354.000
  • Impostos e contribuições – R$ 4.226.000 
  • Receita operacional líquida – R$ 146.128.000

Projeção de receita com torcida em 2023

Depois de ultrapassar a marca de 71 mil sócios-torcedores, o Cruzeiro fechou 2022 com o programa em queda no número de adesões. O declínio ficou ainda maior no primeiro trimestre deste ano, quando o clube celeste abriu mão de jogar no Mineirão até que as condições para o uso do estádio fossem favoráveis a ele. 

Sem o Gigante da Pampulha, o Sócio 5 Estrelas chegou a recuar para pouco mais de 57 mil. Essa é quase metade da meta de adesões estipulada por Ronaldo ainda em junho do ano passado. 

À época, o Fenômeno avisou que a meta de sócios com o Cruzeiro na Série A é de 100 mil torcedores. “Aí, esquece! Voltaremos a ser gigantes novamente. Temos muito trabalho pela frente, mas temos que pensar grande”, projetou.

Compartilhe