Na última semana, o Cruzeiro ofereceu aos atletas e colaboradores do clube um ciclo de palestras com o objetivo de informá-los a respeito das consequências das apostas esportivas ilegais. Mariana Chamelette, procuradora do TJD-SP, liderou a discussão.
A Raposa contou que outras ações de conscientização também foram pensadas, como a produção de uma cartilha de conduta interna que orienta os atletas em relação ao tema.
A procuradora abordou e explicou os casos de apostas esportivas que culminaram na manipulação de resultados de jogos e alertou para as possíveis punições para o crime.
Gabriel Lima, CEO do Cruzeiro SAF, disse que o clube deseja formar atletas éticos e, ao mesmo tempo, proteger o clube: “Dentro dos propósitos firmados para a evolução do clube, o Cruzeiro vem intensificando a formação educacional de seus atletas e colaboradores enquanto cidadãos”.
Mariana Chamelette se posicionou sobre a atitude do time mineiro: “A parceria entre o Cruzeiro e profissionais especializados nessa temática é mais uma comprovação do compromisso do clube com o esporte íntegro e fortalece seus esforços em promover conduta ética entre seus atletas, garantindo um ambiente esportivo saudável e livre de manipulação de resultados”.
Jogador cruzeirense envolvido
Richard Coelho, volante do Cruzeiro, foi afastado pelo clube no início de maio (10) após ter o nome citado na investigação da “Operação Penalidade Máxima II”.
A participação dele no esquema de manipulação de jogos teria acontecido em 2022, quando jogava no Ceará.
O atleta não foi denunciado, nem se tornou réu, mas segue preventivamente longe dos gramados.
Operação Penalidade Máxima
A operação tem o intuito de apurar a participação de apostadores em partidas do futebol brasileiro. A quadrilha oferecia dinheiro aos jogadores em troca de pênaltis e cartões.
A princípio, o Ministério Público denunciou oito atletas supostamente envolvidos em esquemas de manipulação de jogos na série B, em 2022.
Na segunda etapa, a investigação tem como alvo jogos que envolvem séries A e B, Campeonato Paulista e Campeonato Gaúcho.
Em primeiro de junho, oito atletas investigados na segunda fase foram julgados pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). As decisões envolveram desde suspensão a banimento do esporte.
