CRUZEIRO

A virada: investidor do Cruzeiro queria comprar metade da SAF de Ronaldo

Empresário foi um dos entrevistados no último episódio da série “A virada”, que mostra os bastidores do acesso do Cruzeiro à Série A no ano passado
Foto do autor
Compartilhe

Principal parceiro comercial do Cruzeiro nos últimos anos, Pedro Lourenço revelou que tinha interesse em comprar 45% das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) celeste. No entanto, o desejo expresso pelo dono da rede Supermercados BH foi prontamente negado por Ronaldo Nazário, que detém 90% do clube-empresa.

Pedrinho, como é carinhosamente chamado pelos cruzeirenses, foi um dos entrevistados no último episódio da série documental “A virada”, que mostra os bastidores do acesso à Série A do Campeonato Brasileiro no ano passado. De acordo com o empresário, o Fenômeno quis seguir como majoritário da SAF.

“Até brinquei com ele: você comprou 90%. Te compro a metade (45%). Ele disse: “Aí não, quero ter a maioria’. Então nós vamos conversando”, afirmou.

Lourenço também deixou claro o seu amor pelo clube estrelado. Ele disse que abriria mão de parte de seus empreendimentos se fosse preciso para ajudar. Porém, afirmou que não seria capaz de gerir um time de futebol como o Cruzeiro sozinho.

“Se eu tiver que vender dez lojas para o Cruzeiro não cair, e tiver que pagar, eu faria. Eu sempre falava isso. Só que, no futebol, não adianta eu administrar minha empresa bem, e um clube de futebol é diferente. Então, eu não tenho esse gabarito todo para dirigir um time de futebol, um clube do tamanho do Cruzeiro, do tamanho da expectativa”, completou.

Mesmo se Ronaldo tivesse aceitado a proposta de Pedro Lourenço, a troca de titularidade da SAF não teria ocorrido. Ao assinar a compra do clube, em dezembro de 2021, o Fenômeno concordou com uma cláusula que o proíbe de abrir mão do controle por cinco anos.

Investimento de Pedrinho na SAF

Embora não faça parte diretamente da gestão da SAF do Cruzeiro, Pedrinho fez um investimento de R$ 100 milhões na empresa de Ronaldo. A modalidade financeira é conhecida no mercado como debêntures conversíveis. Ou seja, Lourenço fez uma espécie de empréstimo e poderá ser pago com um percentual do clube-empresa no futuro.

Compartilhe