SUPERLIGA FEMININA DE VÔLEI

Técnico do Praia Clube rebate críticas: ‘É amarelão? Mas é amarelo ouro’

Paulo Coco desabafou neste domingo (7/5) após vencer o Minas por 3 sets a 0 e conquistar o bicampeonato da Superliga Feminina de Vôlei
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Treinador do Praia Clube desde 2017, Paulo Coco rebateu as críticas que ouviu sobre o time nos últimos anos, quando terminou a Superliga Feminina de Vôlei na segunda colocação. O técnico desabafou neste domingo (7/5), no Sabiazinho, após vencer o Minas por 3 sets a 0 e conquistar o bicampeonato do torneio pelo time de Uberlândia, 

Vencedor da Superliga de 2017/18 pelo Praia, Paulo Coco foi vice-campeão nas três temporadas seguintes: 2018/19, 2020/21 e 2021/22, já que 2019/20 foi cancelada devido à pandemia do coronavírus. O algoz destas três decisões foi o mesmo: o Minas Tênis Clube.

Com isso, o Praia Clube foi chamado de “amarelão” por não conseguir derrotar o rival nas finais nacionais. Logo, o treinador aproveitou o título deste domingo (7/5) para desabafar sobre o tema.

“A gente passou por muitos problemas ao longo destes anos. O Praia, que ninguém conhecia, ganhou um título de Superliga, chegou em todas as finais e era considerado ‘amarelão’. Vou parafrasear o José Roberto Guimarães: ‘Amarelão? Mas é amarelo ouro’”, destacou Paulo Coco.

O técnico do Praia Clube citou o desabafo do comandante da Seleção Brasileira após medalha olímpica em 2008. José Roberto Guimarães era considerado “amarelão” pelas derrotas na Olimpíada de 2004 e no Pan-Americano de 2007 e fez este comentário ao comandar a equipe feminino rumo ao seu primeiro ouro em Jogos Olímpicos – viria a ser bicampeão em 2012.

Evolução do Praia Clube

O esporte é marcado por constantes evoluções, e o Praia Clube é um bom exemplo disso. Além das derrotas nas últimas decisões da Superliga Feminina de Vôlei, um recorte recente foi destacado por Paulo Coco, já que a equipe de Uberlândia foi atropelada pelo SESC Flamengo no primeiro jogo da semifinal, se recuperou, garantiu a classificação e foi campeã. 

“Eu acho que é um processo [até alcançar a atuação da final]. Nós temos grandes adversários. O SESC Flamengo contribuiu com a nossa evolução com aquele jogo fantástico que eles fizeram. A equipe nunca desistiu. A grande força da equipe é sempre ter acreditado no nosso trabalho, principalmente a evolução no aspecto mental após sair de uma dificuldade muito grande [contra o Flamengo]”, disse o treinador.

Paulo Coco “agradeceu” o Flamengo pela boa atuação na vitória por 3 a 0, em 21 de abril, e também citou o que o Praia Clube evoluiu nos últimos anos: a mentalidade e a coletividade.

“Dois fatores foram fundamentais. Um é o aspecto mental, manter essa resiliência, nos momentos difíceis do jogo a gente se manteve. Às vezes, nas finais [passadas], a gente saía um pouco do jogo. E a segunda é a força da coletividade. É entender que temos grandes jogadoras, mas, para uma conquista desse porte, nós precisamos de um time, que ninguém ganhará nada sozinho”, concluiu Paulo Coco.

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