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Cachorrão detalha clima da natação brasileira após polêmica em Paris 2024

Casal Ana Carolina Vieira e Gabriel Santos teve 'má conduta' durante os Jogos Olímpicos de Paris, e nadadora acabou cortada da delegação
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Guilherme Costa comentou o corte de Ana Carolina Vieira e a punição a Gabriel Santos, membros da equipe brasileira de natação, nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Com mais duas provas a realizar na Olimpíada, o Cachorrão garantiu que a polêmica em meio às competições não afetou os nadadores.

 “A gente respeitou a decisão dos treinadores. Tivemos uma reunião ontem para esclarecer as coisas, mas isso não afetou em nada o nosso clima. Estamos focados na competição”, comentou Cachorrão, nesta segunda-feira (29/7), em entrevista à imprensa. 

Principal nome da natação brasileira na atualidade, Cachorrão terminou em quinto lugar a final dos 400m livre, no sábado passado (27/7). Nesta segunda, ele foi eliminado na fase classificatória dos 800m livre. Ele ainda tem as provas de maratona aquática e o revezamento 4×200 livre a disputar em Paris. 

Entenda a polêmica na natação brasileira em Paris

A expulsão teria ocorrido depois de uma discussão ríspida dela com a comissão técnica. O motivo teria sido a decisão de retirar a nadadora Mafê Costa, sétima colocada nos 400 m livre nestas Olimpíadas, da equipe de revezamento, para que focasse somente nas disputas individuais.

Ana Carolina teria ficado insatisfeita com isso, já que o revezamento ficaria enfraquecido, e confrontado rispidamente integrantes da comissão. Segundo a Folha, o entrevero foi feio, com “gritos e dedos na cara”.

Essa atitude agressiva, aliada ao fato de ela e o namorado, o também nadador Gabriel Santos (do revezamento 4 x 100 m livre), terem deixado a Vila Olímpica sem autorização, teria resultado na decisão de exclusão de Ana Carolina do Time Brasil. Gabriel recebeu apenas uma advertência.

“Além desse fato [a saída da Vila], a atleta Ana Carolina, de forma desrespeitosa e agressiva, contestou decisão técnica tomada pela comissão da seleção brasileira de natação”, diz comunicado divulgado pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) na manhã deste domingo (28/7).

Na mensagem em vídeo dirigida a seus seguidores, a nadadora declarou que “a partir do momento que anunciaram que eu estava fora [da delegação brasileira), por más condutas, não consegui contato com ninguém”.

“Eu não consegui ter contato com ninguém, em nenhum momento eu consegui ficar sozinha”, prosseguiu a nadadora. “Tinha uma moça me acompanhando o tempo todo. Pedi para ela deixar eu falar com o psiquiatra, ela não deixou em nenhum momento. Eu falei ‘eu quero uma água’, e eu não podia ir pegar.”

“Saí de lá [da Vila Olímpica], deixei meus materiais, não sabia o que fazer. Eu fui para o aeroporto de shorts, tive que abrir minha mala toda no aeroporto. Eu estou desamparada, não tive acesso a nada.”

Ana Carolina não identificou quem era a moça que ela disse que a acompanhava durante o desligamento do Time Brasil, mas que ela a orientou a “entrar em contato com os canais do COB”.

Nesse momento de sua fala em rede social, a nadadora expôs que tinha conhecimento de um caso de assédio, não solucionado, na equipe nacional de natação. Não explicitou, porém, se aconteceu com ela ou com outra pessoa.

“Como eu vou entrar em contato com os canais do COB, sendo que eu já fiz uma denúncia e nada foi resolvido? De assédio, dentro da seleção.”

Ana Carolina concluiu afirmando estar “triste, nervosa, mas com o coração em paz”. “Eu sei quem eu sou, do meu caráter, da minha índole, e é isso que importa”.

*Com informações da Folhapress

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