Jogadores cooptados pelo grupo criminoso envolvido com a manipulação de jogos no futebol brasileiro recebiam ofertas que variavam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. É o que aponta nova denúncia do Ministério Público de Goiás sobre a Operação Penalidade Máxima.
Os atletas recebiam o dinheiro para que cometessem lances especifícios durante as partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022 e também em partidas de competições estaduais. Conforme o MP, são pelo menos 20 confrontos suspeitos de manipulação.
O esquema
Para que recebessem os valores acordados com o grupo criminoso, os jogadores deveriam cometer faltas propositalmente, inclusive pênaltis, forçar cartões, garantir um número especifício de escanteios e até contribuir para a derrota da própria equipe. Com os resultados em campo, os apostadores envolvidos no esquema obtinham lucros elevados em diversos sites de apostas. Os clubes e casas de apostas são tratados como vítimas pelo MP.
Investigados
Bruno Lopes de Moura é visto pelo MP como líder do esquema de manipulação. Ele é o apostador detido na primeira fase da Operaçao Penalidade Máxima.
Foram alvos de busca e apreensão, também na primeira fase, os zagueiros Victor Ramos, da Chapecoense, Kevin Lomónaco, do Bragantino, Paulo Miranda, ex-Juventude, e Eduardo Bauermann, do Santos, os laterais-esquerdos Igor Cariús, do Sport, e Moraes, ex-Juventude e hoje no Atlético-GO, e o meia Gabriel Tota, ex-Juventude e atualmente no Ypiranga-RS.
Com a nova denúncia, foram adicionados os nomes dos volantes Fernando Neto, ex-Operário-PR e hoje no São Bernardo, e Nikolas, do Novo Hamburgo-RS, e do atacante Jarro Pedroso, do Inter-SM.
Jogos investigados:
- Palmeiras 2 x 1 Juventude
- Juventude 1 x 1 Fortaleza
- Goiás 1 x 0 Juventude
- Ceará 1 x 1 Cuiabá
- Red Bull Bragantino 1 x 4 América – MG
- Santos 1 x 1 Avaí
- Botafogo 3 x 0 Santos
- Cuiabá 1 x 1 Palmeiras
- Sport 5 x 1 Operário
- Guarani 2 x 1 Portuguesa
- Portuguesa 3 x 0 Bragantino
- Esportivo 0 x 0 Novo Hamburgo
- Caxias 3 x 1 São Luiz