FISICULTURISMO

Renato Cariani foi preso? Entenda situação do fisiculturista alvo da Polícia Federal

Empresa que tem Renato Cariani como sócio é investigada pela PF por envolvimento com o tráfico de drogas

Compartilhe
google-news-logo

Alvo de uma operação da Polícia Federal que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa que desviou produtos químicos para a produção de drogas, o influencer e fisiculturista Renato Cariani teve um pedido de prisão negado pela Justiça.

A informação foi divulgada nesta terça-feira (12/12) pelo delegado Victor Vivaldi. Segundo ele, o Ministério Público concordou com a solicitação feita pela Polícia Federal para prender Cariani. Entretanto, a Justiça rejeitou o pedido.

Por que Renato Cariani é investigado?

Renato Cariani é um dos sócios da empresa Anidrol, uma indústria química que fica em Diadema, na Grande São Paulo.

A empresa é alvo da Operação Hinsberg, da Polícia Federal, para desarticular o tráfico de drogas.

“A policia federal não investiga pessoa, mas como o sócio-proprietário da empresa que estava emitindo notas fiscais [é investigada], ele [Cariani] tambem é alvo de investigação”, explicou o delegado.

O esquema

As investigações da Polícia Federal revelaram que o esquema abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas para vender produtos químicos em São Paulo.

Conforme a PF, essas empresas usavam “laranjas” para depósitos em espécie, como se fossem funcionários de grandes multinacionais, vítimas que figuraram como compradoras. 

Foram identificadas 60 transações dissimuladas, entre 2014 e 2020, vinculadas à atuação dessa organização criminosa, totalizando, aproximadamente, a comercialização de 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila).

O montante desses produtos seria suficiente para a produção de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo.

“Os pedidos de prisão tiveram como fundamento a reiteração delitiva, justamente nesse período de 6 anos, com 60 eventos confirmados de notas emitidas de forma fraudulenta”, explica Vivaldi.

As investigações revelaram, ainda, que os envolvidos empregavam diversas metodologias para ocultar e dissimular a procedência ilícita dos valores recebidos.

Por quais crimes os investigados podem responder?

A PF explicou que as pessoas relacionadas aos fatos investigados responderão, cada qual dentro da sua esfera de responsabilidade, pelos crimes de tráfico equiparado, associação para fins de tráfico, bem como pelo crime de lavagem de dinheiro.

As penas cominadas podem ultrapassar 35 anos de reclusão.

Cariani se manifesta

No início da tarde desta terça-feira (12/12), diante da repercussão do caso, Renato Cariani publicou um vídeo nas redes sociais se posicionando sobre o caso. Assista:

Compartilhe
google-news-logo