Quem vai a um estádio de futebol está acostumado a ler que certos objetos são restritos dentro do local, como armas, materiais cortantes e até guarda-chuvas. Mas, nesse domingo (26/2), publicação do Amazonas FC viralizou nas redes sociais pela presença de restrições inusitadas, como a proibição de bombas nucleares no estádio.
Antes da abertura dos portões da Arena Amazônia para a partida contra o São Raimundo, pela final do primeiro turno do Campeonato Amazonense, o clube fez post em que divulga quais objetos não podem ser levados pelos torcedores. O quarto tópico da lista chamou atenção: “Armas de arremesso, armas destinadas a projetar substâncias tóxicas, asfixiantes e corrosivas, qúimicas, radiológicas, biológicas e nucleares“.
Uma arma que projeta substâncias nucleares é, logicamente, uma arma nuclear, ou bomba nuclear (os dois termos são sinônimos) – dispositivo explosivo e radioativo que pode ter a capacidade de dizimar populações e tornar grandes pedaços de terra inabitáveis.
A restrição a armas “químicas” e “biológicas” também chamam especialmentte a atenção, já que também são dispositivos usados para causar mortes em massa em guerras.
O que diz o clube
A reportagem do No Ataque entrou em contato com a assessoria do Amazonas FC para entender melhor o porquê da menção a armas nucleares e afins entre as restrições materiais do estádio.
O clube afirmou que a informação é compartilhada desde o quadrangular final da Série C do ano passado, e tem como base portaria da Secretaria de Segurança Pública do estado do Amazonas para grandes eventos: “o material foi montado conforme divulgado em documento oficial. Não é uma proibição do clube, é da SSP-AM”.
O tópico que proíbe armas nucleares é, portanto, a reprodução exata do Artigo 1º, inciso IV da Portaria.
Partida teve problema de segurança
Apesar da abrangente lista de restrições, houve problema de segurança dentro das arquibancadas da Arena Amazônia durante a partida.
Integrantes de torcida organizada do Amazonas FC atiraram rojão contra grupo de torcedores do São Raimundo, que continha crianças e uma mulher grávida, de acordo com a jornalista Paloma Fernandes.
Dentro de campo, o time de Jô, ex-Atlético, e Sassá, ex-Cruzeiro, levou a melhor: venceu por 2 a 0 e levantou a taça de campeão do primeiro turno do Estadual.
