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Endrick, Estevão e mais joias: saiba por que base do Palmeiras invade gigantes da Europa

Vendas de joias reveladas pelo Palmeiras já renderam lucro bilionário ao clube; entenda como o Alviverde virou potência nas categorias de base
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Flávio Latif – O Palmeiras está próximo de vender o atacante Estêvão, de 16 anos, ao Chelsea, em negócio que pode atingir 65 milhões de euros (R$ 363 milhões, na cotação atual).

O valor que a venda da joia palmeirense deve atingir simboliza a nova era da base alviverde, que cada vez mais exporta atletas para as principais ligas europeias.

Evolução desde 2015

Tudo começou em 2015, com a chegada de João Paulo Sampaio à Academia de Futebol. Ele foi escolhido como o novo coordenador da base palmeirense por Paulo Nobre e Alexandre Mattos, com o objetivo de reformular o setor do clube. A missão era melhorar a estrutura e aumentar a grande rede de captação de talentos.

No primeiro momento, as crias da Academia de Futebol serviram para a manutenção do investimento no time profissional. Eram comuns negócios com equipes de menor prestígio em Portugal ou mercados alternativos, como Ucrânia e Japão.

Isso mudou com a chegada do diretor de futebol Anderson Barros, no final de 2019. Os jovens passaram a colaborar com rendimento esportivo: atualmente, um terço do elenco principal do Palmeiras é composto por atletas formados na base do clube.

Vendas milionárias

A venda que “inaugurou” essa nova era da base palmeirense aconteceu em 2016, quando o clube negociou Gabriel Jesus com o Manchester City por 32,75 milhões de euros (R$ 121 milhões, na cotação atual). O Alviverde ficou com R$ 70 milhões e passou a transmitir impressões melhores sobre o trabalho que era feito na base do clube. A última exportação para a Premier League havia acontecido em 2008, quando o clube vendeu Diego Cavalieri para o Liverpool por R$ 9,5 milhões.

Depois, o meio-campista Danilo chamou a atenção do Nottingham Forest, que pagou 20 milhões de euros (cerca R$ 110 milhões, na cotação da época) pelo jogador.

Tudo indica que Estêvão é o próximo a desembarcar na Inglaterra, quando completar 18 anos.

A cereja do bolo foi a venda do atacante Endrick para o Real Madrid. O clube merengue pagou 35 milhões de euros fixos (R$ 198 milhões, na cotação da época), além de 25 milhões de euros (R$ 141 milhões) em bônus para selar a aquisição do atleta em 2022. Ele vai para o time espanhol em julho, após completar 18 anos.

Na era JP Sampaio, o Palmeiras já arrecadou mais de R$ 1,1 bilhão em vendas de atletas formados na base.

Europa mantém contato constante com o Palmeiras

O Palmeiras estima que gasta cerca de R$ 30 milhões anuais com as categorias de base. Esse valor retorna ao clube muito maior, graças às vendas de jogadores formados na Academia de Futebol.

Muitos atletas acabam deixando o clube sem receber oportunidades, mas mesmo assim o Alviverde consegue vendê-los ou liberá-los mantendo parte dos direitos econômicos, para ser recompensado pelo investimento que fez.

Hoje, o mercado internacional vê o Palmeiras como um dos melhores centros de formação de atletas do futebol sul-americano, pelo positivo histórico recente.

Diferentes clubes europeus estão em contato constante com o setor de Análise de Mercado do clube e enviam olheiros para assistir aos jogos dos times da base e do profissional.

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